Os quatro dias de folia (ou até mais, para algumas pessoas) são o momento mais esperado do ano para quem ama o Carnaval. Aí, depois que esse período passa, muitos foliões de plantão vivem uma sensação de tristeza e desânimo, a chamada “melancolia pós-Carnaval”.
Também conhecido como “depressão pós-Carnaval”, esse sentimento é normal, segundo a psicanalista Elizandra Souza. “Depois de períodos festivos intensos, é possível sentir uma espécie de nostalgia ou queda de energia. Isso pode ser atribuído ao contraste entre a animação da folia e o retorno à rotina cotidiana”, explica.
Não há uma porcentagem exata de pessoas que sofrem com esse problema, sendo que não necessariamente todos que curtem bastante o Carnaval vão sentir isso. Além disso, os sintomas podem variar entre os indivíduos.
Alguns sinais, porém, são bem típicos da melancolia pós-Carnaval e podem indicar que ela está acontecendo.
Sintomas da melancolia pós-Carnaval
Os principais sinais da melancolia pós-Carnaval, segundo Elizandra, são:
- Nostalgia e saudade: o indivíduo pode experienciar sentimentos de nostalgia em relação ao que viveu na folia, sentindo saudades da festança e da atmosfera animada
- Desânimo e falta de motivação: é possível haver uma menor energia para realizar as responsabilidades cotidianas e voltar para a rotina normal
- Irritabilidade: as pessoas que sofrem com a melancolia pós-Carnaval ficam mais facilmente irritáveis e impacientes. Esse estado emocional também faz com que o indivíduo tenha mais dificuldade em lidar com as demandas diárias
- Tristeza passageira: os episódios de tristeza temporária, nos dias logo após a festança, são um sinal importante
- Mudanças no sono e apetite: distúrbios temporários no sono, como insônia ou sonolência excessiva, aparecem, assim como variações no apetite, que podem ser de aumento ou diminuição
Quando se preocupar?
O normal é que a melancolia pós-Carnaval vá passando com os dias ou semanas, os sintomas diminuindo conforme a pessoa se readapta à rotina. Ela não deve durar mais do que isso, e de acordo com Elizandra, se o caso for mais duradouro, é preciso procurar um especialista.