Brincar é uma atividade que auxilia no aprendizado e desenvolvimento saudável durante a infância. No entanto, com as crianças cada vez mais inseridas no mundo tecnológico, as brincadeiras vêm perdendo espaço para as telas dos tablets, computadores e celulares.
Segundo estudo do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), a proporção de crianças de 0 a 2 anos usuárias de internet saltou de 9% em 2015 para 44% em 2024. Já na faixa etária de 3 a 5 anos, o salto foi de 26% para 71% no mesmo período e, entre 6 e 8 anos, o uso dobrou, passando de 41% para 82%.
Com isso, é importante que as famílias resgatem o valor do brincar em casa, principalmente com brincadeiras educativas e sustentáveis. Diante desse cenário, a CEO e fundadora da Five Little Monkeys, Renata McGarr, listou cinco formas de estimular o brincar livre entre as crianças. Confira:
1. Ofereça brinquedos abertos e versáteis
Brinquedos que não têm uma única função – como blocos de montar, bonecos de pano, peças de madeira, tecidos – permitem que a criança use a criatividade sem limitações. Um arco-íris de madeira, por exemplo, pode virar ponte, túnel, túnica ou até cenário de faz-de-conta.
2. Designe um “espaço do brincar” na casa
Não precisa ser um quarto exclusivo: um cantinho com tapete, baú de brinquedos e itens acessíveis já cria um ambiente que convida a criança a explorar. Deixar brinquedos à altura da criança, em vez de guardados, estimula a autonomia.
3. Desconecte-se junto com seu filho
Brincar livre começa pelo tempo de qualidade. Separe 20 minutos por dia para se desconectar de telas e interações externas e estar presente. Crie um “ritual do brincar” – pode ser um momento após o jantar ou antes do banho, por exemplo.
4. Incentive a criação de histórias e personagens
Faz de conta é a essência do brincar livre. Assim, estimule as crianças a inventarem personagens, histórias e mundos. Brincar de faz de conta ajuda a desenvolver empatia, vocabulário e pensamento simbólico.
5. Diga “sim” ao tédio
O “não saber o que fazer” é o ponto de partida para a criança inventar algo novo, por isso evite preencher todo o tempo livre com atividades dirigidas. Segundo a psicóloga Teresa Belton, da Universidade de East Anglia, no Reino Unido, crianças que lidam com o tédio desenvolvem maior capacidade de resolver problemas de forma autônoma.