Casa & Decor

Arquiteta dá dicas para deixar sua casa mais acolhedora

Especialista explica que algumas mudanças podem ajudar a adicionar leveza e conforto aos ambientes

Saiba como deixar sua casa mais aconchegante e confortável - Foto: Shutterstock

Deixar a casa mais acolhedora é o desejo de muitas pessoas. Afinal, é ótimo poder estar em um lugar confortável e que transmita aconchego e leveza, não é mesmo? Mas você sabe exatamente como fazer isso? Para te ajudar nessa tarefa, a arquiteta Júlia Guadix, à frente do Studio Guadix, trouxe algumas dicas para tornar os ambientes da sua casa mais aconchegantes. Confira!

Piso e cores

Para tornar a casa mais acolhedora, a arquiteta recomenda a escolha de materiais que transmitam “sensação de calor” a partir de uma ótica emocional. Por exemplo, um porcelanato com padrão de madeira, assim como o tijolinho, caem muito bem em diversos locais diversos de casa. 

“Gosto de limitar os azulejos ao interior do box e atrás da bancada da cozinha e, em muitos casos apenas até a altura necessária, evitando um excesso que pode tornar o ambiente mais frio”, explica Júlia. Materiais naturais como madeira e palha também se somam nesse propósito, assim como texturas presentes nos tecidos de cortinas, cabeceiras estofadas, sofás confortáveis e mantas, entre outras possibilidades. 

Quanto à paleta de cores, tons quentes tendem a proporcionar mais amparo, no entanto é possível alcançar um ambiente com linguagem semelhante por meio de tons menos saturados e com fundo quente. Ao invés de vermelho vibrante, de acordo com a arquiteta, um tom terracota alcança um resultado muito mais acolhedor e menos estimulante. 

Iluminação e acústica

A iluminação também pode ajudar a deixar a casa mais acolhedora. A arquiteta indica sempre o branco quente, entre 2700K e 3000K, mesmo para ambientes como cozinha, lavanderia, banheiro ou escritório, e lembra que a tonalidade e a intensidade da iluminação são características diferentes e é possível iluminar bem com luzes branco quente. Ainda de acordo com ela, luzes indiretas, rebatidas no teto ou nas paredes e lâmpadas com cúpulas com filtros deixam tudo muito mais hospitaleiro. 

A ausência de conforto acústico é uma outra questão que provoca bastante incômodo. Conforme explica a arquiteta, ambientes vazios ou com muitas superfícies lisas e polidas provocam ecos que podem ser resolvidos por meio da adição de tapetes, cortinas, mobiliário e o revestimento de paredes. Já para conter os sons externos, é possível que sejam necessárias intervenções estruturais como a substituição de janelas comuns por modelos com melhor isolamento acústico. 

Se o problema for o barulho derivado por vizinhos, ela indica soluções mais drásticas como método “box-in-box” que consiste em criar uma camada de isolamento no forro, piso e paredes. “É como se estivéssemos construindo uma caixa dentro do apartamento”, exemplifica. “Porém, em apartamentos compactos, essa estrutura acaba por comprometer a área útil, dado que perdemos de 7 a 15cm em cada contra-parede, forro ou contrapiso acústico”, adverte. 

Décor convidativo

De acordo com a arquiteta, a etapa do décor para tornar a casa mais acolhedora percorre uma linha tênue entre o minimalismo e maximalismo exacerbado, sempre com foco na concepção de ambientes que reflitam quem vive ali, mas sem sobrecarregar os sentidos.

O mobiliário também desempenha papel importante e a sugestão é optar por peças com cantos com ausência de quinas e estofados, bem como a presença sempre bem-vinda de almofadas e mantas. “Puxadores diferenciados e molduras nas portas da marcenaria também acrescentam essa delicadeza que buscamos”, analisa Júlia. 

A arquiteta aponta a predileção por aqueles objetos que trazem alegria e significado afetivo como peças de família, lembranças de viagens ou fotos que registram momentos especiais. Apaixonada por plantas, ela afirma não abrir mão de tê-las dentro de casa, assim como matérias-primas como a madeira, palha e linho. 

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