A harmonização facial se tornou bastante comum nos últimos anos, principalmente entre os famosos. A ex-BBB Paula Freitas, por exemplo, aderiu à moda após sair do reality show, no entanto, ela revelou que irá se desfazer de parte do procedimento. A decisão veio depois que sua mãe pediu para que ela diminuísse o tamanho da boca.
A Dra. Ana Laura Fontana, especialista em harmonização facial, conta que este problema se chama “pillow face” (“rosto de travesseiro”, em inglês). O termo é utilizado para descrever o inchaço que é visto nas pessoas com acúmulo de preenchimentos estéticos. “Com os filtros em redes sociais, as pessoas buscam uma perfeição que não existe”, aponta.
Segundo ela, essa obsessão traz consequências. Isso porque a “pillow face” é uma síndrome onde a pessoa não se visualiza de fato como ela está. Portanto, a deformação não ocorre por erro técnico, mas sim por exagero da própria paciente. Por isso, o ideal é usar apenas o necessário para evidenciar os principais pontos da face.
Procedimento exige cautela
Outro alerta deixado pela médica é com relação ao Edema Tardio Intermitente Persistente, reação adversa tardia ao excesso de ácido hialurônico, substância usada no processo de harmonização facial.
“Com a COVID, vimos na mídia casos onde as pessoas acordaram com o rosto inchado depois de semanas ou meses do procedimento. Há opções para a remoção, caso seja necessário, mas é preciso ter cautela”, alerta.
Experiente, Ana Laura diz que o olhar técnico do profissional é essencial para evitar deformações. “A beleza é subjetiva e está nos olhos de quem vê, mas o especialista é quem precisa ser coerente com o paciente”.
Por fim, a especialista reforça e lembra o caso da cantora Madonna, que apareceu irreconhecível na premiação do Grammy Latino. “Houve um excesso ali. As pessoas precisam entender que o natural nunca sai de moda. Com consciência, dá pra criar resultados maravilhosos”, finaliza.