As caspas costumam ser motivo para bastante incômodo e, às vezes, até vergonha, já que é comum essas casquinhas caírem na roupa, por exemplo. Mas se engana quem pensa que isso é sinal de falta de higiene, viu? Por trás da caspa está uma condição chamada dermatite seborreica, capaz de afetar também outras regiões.
“A dermatite seborreica é uma inflamação crônica na pele e pode surgir em diversas áreas do corpo, principalmente naquelas que possuem um grande número de glândulas sebáceas, causando descamação da pele e vermelhidão”, explica a tricologista Ana Carina Junqueira, fundadora do Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas em Medicina Capilar (IBEMC).
Segundo a especialista, por ser crônica, há períodos de melhoras e pioras dos sintomas, que podem persistir por meses ou até anos. Sua manifestação mais comum é no couro cabeludo, com uma estimativa de 40% da população brasileira sofrendo com as capas.
“Caspa é, na realidade, o nome dado às casquinhas brancas que se formam devido à descamação do couro capilar. Além delas, a condição também pode resultar em manchas vermelhas, irritação e coceira, ocasionando feridas ainda maiores”, detalha Ana.
Afinal, o que causa a dermatite seborreica?
Segundo a médica, genética e predisposição familiar são grandes influenciadores do quadro. Contudo, o aumento do sebo e a proliferação de fungos já habitantes da pele também podem contribuir para o surgimento. O uso de produtos inadequados nos fios, por exemplo, se enquadra nessa segunda possibilidade, aumentando a oleosidade.
“A ingestão de álcool, alguns medicamentos e o tempo frio e seco também costumam ser culpados pela caspa. Porém, o que muitos não sabem é da ligação entre dermatite seborreica e desequilíbrio emocional. Maior estresse, ansiedade e fadiga geram predisposição”, alerta a tricologista.
Com cuidados, mas sem cura
Não há cura para a dermatite seborreica — e, consequentemente, nem para a caspa, que é uma manifestação do problema. Ainda assim, não precisa se desesperar, viu? Afinal, existem tratamentos de controle para a condição e seus sintomas, como o uso de produtos adequados e o acompanhamento profissional.
Além desses, a especialista destaca outros hábitos úteis para ajudar na situação: tomar banhos mornos, não prender os cabelos molhados, manter o couro cabeludo seco, ter uma alimentação balanceada, garantir uma boa noite de sono e, claro, cuidar do emocional.
Fonte: Ana Carina Junqueira, tricologista e fundadora Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas em Medicina Capilar (IBEMC).