Sabe quando penteamos os cabelos e os fios saem em grande quantidade na escova? Ou quando o elástico fica dando mais voltas do que o normal na hora de prender as madeixas? Então, esses são alguns dos sinais do processo de afinamento capilar, que, se não tratado de forma correta, pode gerar uma perda significativa dos fios de cabelo.
Porém, fique calma! Apesar de ser desesperador pensar em perder as madeixas, se o problema for tratado com antecedência, a situação pode ser revertida, viu?! Acompanhe e entenda:
Causas do afinamento capilar
Na maioria dos casos, o afinamento trata-se apenas de um sintoma de um problema maior: a alopecia androgenética. Segundo o dermatologista Daniel Cassiano, essa condição é causada, principalmente, por fatores hereditários, sendo caracterizada por uma queda contínua das madeixas em que os fios ficam cada vez mais finos e menores até a interrupção total do crescimento.
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Porém, além da genética, outros fatores podem estar envolvidos na piora do afinamento dos fios, como as mudanças hormonais. “Alterações na tireoide e desequilíbrios nos níveis de cortisol em momentos de estresse, dos hormônios andrógenos, como a testosterona, e dos hormônios femininos em fases como a menopausa e a gestação podem provocar e acentuar o afinamento dos fios”, alerta o médico.
Ainda de acordo com o especialista, a qualidade da alimentação também é fundamental nesse processo. “Alimentação restritiva, dietas pobres em proteína, longos períodos de jejum e deficiência de ferro e zinco, por exemplo, também pioram o quadro”, diz.
Aprendendo a identificar o problema
Segundo Daniel, o afinamento pode ser facilmente identificado ao notar que as madeixas estão se desprendendo do couro cabeludo em número maior que 100 fios por dia. “É preciso ficar de olho na diminuição acentuada da densidade ou do volume capilar, ou até mesmo observar o aparecimento de falhas”, explica.
Agora, se em vez da queda das madeixas, o seu cabelo estiver ficando mais fino, o ideal é visitar um médico para confirmação do diagnóstico. “A alopecia androgenética é uma condição progressiva, ou seja, que tende a piorar rapidamente se não for tratada. Logo, o melhor é procurar um dermatologista quanto antes para iniciar o tratamento”, recomenda o médico.
O uso de química no cabelo
É fundamental saber que toda química pode agravar o processo de afinamento e queda capilar, viu? “A realização de tinturas e escovas progressivas, por exemplo, promove uma agressão da estrutura capilar, desde a cutícula até o córtex, causando a desproteinização e a ruptura dos fios”, adverte o dermatologista.
Por isso, se o seu cabelo está apresentando sinais de queda, é importante evitar esses procedimentos até que o quadro seja controlado, ok?!
Cuidados com as madeixas
De acordo com o profissional, em relação aos cuidados em casa, não há muitos segredos. Quem possui couro cabeludo mais oleoso, pode lavar os cabelos diariamente, enquanto quem tem o cabelo mais seco, pode realizar o cuidado em dias alternados.
Já o condicionador, segundo ele, deve ser evitado por pessoas que possuem o cabelo curtinho, uma vez que deve ser aplicado apenas nas pontas dos fios para não prejudicar o couro cabeludo. “Após lavar, os cabelos devem ser muito bem secos utilizando suavemente uma toalha. É importante esperar os fios secarem completamente antes de penteá-los, já que molhados são mais suscetíveis a danos. E nunca dormir com as madeixas molhadas”, aconselha.
Além disso, é recomendado evitar ferramentas de calor, como secador e chapinhas. Porém, se esses itens não podem faltar de jeito nenhum na sua rotina capilar, não esqueça de aplicar um protetor térmico antes.
Então, é possível reverter o quadro de afinamento dos fios?
Segundo o especialista, sim! Mas quanto mais cedo o tratamento for iniciado, melhores e mais rápidos serão os resultados. O tratamento é individualizado caso a caso de acordo com o diagnóstico. No geral, o dermatologista poderá recomendar o uso de loções formuladas com ativos específicos para o crescimento dos fios e, dependendo da situação, suplementos nutricionais e hormonais.
Fonte: Daniel Cassiano, médico dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD).