A maternidade é um sonho para muitas mulheres, mas a decisão de ter um bebê pode exigir planejamento. Ter filhos é um grande passo na vida de qualquer casal, especialmente para a mulher, que passa por diversas mudanças físicas e emocionais durante a gravidez e depois do parto.
Para o médico Eduardo Motta, fundador do Grupo Huntington e especialista em Reprodução Assistida, o planejamento familiar não começa quando o desejo de ter filhos aparece. Ele deve começar com a avaliação da saúde reprodutiva, ainda que a decisão de ter filhos esteja distante.
De acordo com o médico, a fertilidade feminina sofre uma queda natural após os 30 anos, que se acelera após os 35. Aos 40 anos, metade das mulheres já enfrentam dificuldades significativas para engravidar naturalmente. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a infertilidade atinge cerca de 15% dos casais em idade reprodutiva.
“Se o casal deseja ter dois filhos, por exemplo, é muito importante que a mulher considere engravidar antes dos 35 anos. Isso porque, após essa idade, as chances de engravidar espontaneamente diminuem consideravelmente. Aos 40 anos, metade das mulheres já não conseguem engravidar sem apoio médico”, afirma.
Preservar a fertilidade
Planejar a maternidade é uma decisão importante, e cada vez mais mulheres optam por adiar esse momento em função da carreira. Para que possam engravidar no futuro, muitas têm recorrido a técnicas que ajudam a preservar a fertilidade e adiar a maternidade até que estejam prontas para assumir esse compromisso.
Entre os procedimentos de preservação da fertilidade, o médico destaca o congelamento de óvulos como uma alternativa para as mulheres que querem postergar a gravidez. “O congelamento de óvulos é uma opção para mulheres que desejam preservar a sua fertilidade para o futuro e já demonstram uma menor perspectiva para este momento da vida”, aponta.
Para aumentar as chances de engravidar com óvulos congelados, o especialista alerta que o ideal é realizar o procedimento a partir dos 30 anos. “Quando o congelamento é feito antes dos 35 anos, as taxas de sucesso são bastante animadoras, podendo chegar a 60% ou mais, dependendo da quantidade e qualidade dos óvulos armazenados”, explica. No caso de pacientes acima desta idade, o médico orienta consultar um especialista para avaliar a reserva ovariana.
