Uma das queixas mais comuns nos consultórios dermatológicos é a de queda de cabelo. E não é para menos – afinal, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), cerca de 42 milhões de brasileiros enfrentam algum grau de calvície.
Apesar de ser mais associada aos homens e mais comum neles, mulheres também podem ter calvície e queda de cabelo. Assim, é muito importante para todos saber como reconhecer a calvície, quando buscar ajuda e de que forma pode ser feito o tratamento.
Entenda mais sobre o tema a seguir:
Sinais de queda de cabelo e calvície
De acordo com o dermatologista Sidharta Gadelha, especialista em tricologia e transplante capilar, o primeiro sinal de alerta é o afinamento dos fios. “Se você percebe que seu cabelo está ficando ralo ou mais fino, o ideal é procurar um dermatologista o quanto antes. O diagnóstico precoce é fundamental para melhor resposta ao tratamento e retardar a progressão da calvície”, afirma.
O especialista explica que o diagnóstico capilar ocorre por meio de tricoscopia digital, exame que utiliza um equipamento com aumento de até 70 vezes para visualizar o couro cabeludo com precisão. “Esse exame nos permite identificar diferentes tipos de alopecia e definir o melhor tratamento para cada caso”, explica Gadelha.
Transplante capilar
Apesar de o transplante capilar ser o tratamento mais conhecido para a calvície, o procedimento é indicado apenas em casos específicos. “Recomendamos o transplante para os pacientes que não tiveram boa resposta aos tratamentos clínicos e que buscam aumentar a densidade capilar e recuperar sua autoestima”, pontua o médico.
Gadelha destaca ainda que o transplante capilar é um procedimento seguro, indolor e realizado em ambiente hospitalar. Segundo o médico, todas as etapas têm um cuidadoso planejamento para garantir a segurança e o conforto do paciente. O procedimento é minimamente invasivo e, com o uso de anestesia local, o paciente não sente dor durante a cirurgia.
Tratamentos capilares não cirúrgicos
Além do transplante, há uma série de alternativas terapêuticas que podem ajudar no tratamento da calvície. Entre os recursos mais utilizados estão medicamentos orais, tópicos, microinfusão de medicamentos na pele (MMP), laserterapia, exossomos e plasma rico em plaquetas (PRP).
“O tratamento precisa ser individual e só pode ocorrer após avaliação médica. O tempo de resposta aos tratamentos pode variar de pessoa para pessoa e vai depender do grau de calvície. Os protocolos costumam incluir de quatro a seis sessões com intervalos mensais. Já o transplante capilar exige um prazo maior. Em seis meses já se nota um resultado bastante satisfatório, porém o resultado da cirurgia só é visível após um ano”, explica Gadelha.
Por fim, para quem tem receio de procurar ajuda médica, o dermatologista é categórico. “Tempo é cabelo. Quanto antes iniciar o tratamento, maiores são as chances de recuperar os fios sem cirurgia. Não há idade mínima para começar um tratamento capilar, desde que as abordagens sejam adaptadas à faixa etária do paciente”, conclui.
