A enxaqueca menstrual é um problema que pode trazer grandes prejuízos para a qualidade de vida. Estima-se que 60% a 70% das mulheres que têm enxaqueca regularmente desenvolvem a condição também no período menstrual. Já entre as mulheres que não costumam ter enxaqueca, é algo mais raro, afetando em torno de 7%.
O problema normalmente ocorre entre dois a três dias antes do ciclo menstrual e pode perdurar até a menstruação. Caracterizada por uma dor pulsátil, a enxaqueca menstrual é mais intensa que uma enxaqueca normal, uma vez que pode acometer os dois lados da cabeça, e é um pouco diferente da enxaqueca por hipertensão (dor na nuca, mais posterior).
De acordo com a ginecologista Dra. Maria Carolina Dalboni, proprietária e diretora técnica da Clínica Dedicali, no Rio de Janeiro, a dor acontece principalmente por conta da queda do estrogênio, hormônio próximo ao período menstrual para a descamação do endométrio.
O que fazer?
De acordo com a médica, existem várias formas de amenizar a enxaqueca menstrual, com tratamentos, medicamentos ou, muitas vezes, com algumas atividades específicas para o período pré-menstrual.
Entre elas estão atividades leves como yoga, meditação e alongamentos. Jamais deve-se realizar exercícios de muita intensidade nesse período, além de ingerir alimentos ricos em triptofano como cacau e banana.
Além disso, em alguns casos é preciso lançar mão da terapia hormonal ou de algumas medicações como o 5-hidroxitriptofano. No entanto, o mais importante é conseguir com o equilíbrio de estilo de vida e alimentação e alguns suplementos.
“Em casos extremos, como, por exemplo, a enxaqueca incapacitante que a paciente não consegue trabalhar, não consegue sair de casa, nesse período precisamos bloquear esse fluxo menstrual por um tempo e temos que escolher o melhor método pra isso”, adverte Dalboni.
Outro ponto importante é observar se a enxaqueca vem acompanhada de fadiga, cansaço extremo, edema e fotofobia. Nesses casos, é importante também uma boa rotina de sono. Segundo a especialista, isso é essencial tanto para os tratamentos não hormonais, quanto para os tratamentos não medicamentosos.