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Medicamento usado para o tratamento da diabetes tipo 2 tem gerado complicações em usuários que utilizam-o para emagrecer
Ozempic também pode auxiliar na perda de peso - Foto: Myskin / Shutterstock

Saúde

Ozempic: entenda os efeitos colaterais do remédio

Medicamento usado para o tratamento da diabetes tipo 2 tem gerado complicações em usuários que o utilizam para emagrecer

O uso por conta própria do Ozempic, remédio utilizado para tratar a diabetes tipo 2, tem gerado graves complicações em usuários que utilizam o medicamento para emagrecer. Dentre as preocupações com o uso da medicação está o chamado “rosto de Ozempic”, resultado que ocorre na face com a perda rápida de peso provocada pelo medicamento.

“O ‘rosto de Ozempic’, não está ligado diretamente ao remédio, mas sim à perda de peso”, diz o dermatologista Otávio Macedo. “Ao emagrecer, perde-se gordura, que é o que queremos. Mas, em geral, perde-se também a massa magra, tanto do corpo quanto da face, o que leva à flacidez”, explica o dermatologista Otávio Macedo.

Segundo ele, alguns efeitos colaterais da semaglutida, princípio ativo do Ozempic, refletem na falta de vontade de comer e em enjoos. Quando não há ingestão de alimentos, o metabolismo consome o que há disponível para gerar energia, queimando no processo a gordura, mas também músculos e massa magra, ocasionando perda de colágeno.

“Esse medicamento é uma inovação e ótima alternativa para o tratamento de diabetes e obesidade. Mas o uso indiscriminado do medicamento como alternativa para perda de peso está atrelado a uma busca irreal por padrões de beleza”, diz ele. 

“A busca pelo corpo perfeito ainda existe, e hoje é impactada pelas redes sociais com receitas ‘milagrosas’, diversos tipos de dietas restritivas para emagrecer e até mesmo o uso de alternativas como a semaglutida”, afirma.

Como tratar o “rosto de Ozempic”?

O colágeno é a proteína mais importante para dar sustentação e firmeza para a pele. Segundo Otávio Macedo, é preciso repor o aporte de proteína adequado de acordo com a quantidade de quilos de peso de cada pessoa e suplementar com colágenos, como o Verisol, e peptídeos, como o Peptan.

Além disso, uma dieta equilibrada associada a ingestão de água, minerais e silício orgânico ajuda na formação do colágeno. A vitamina C também tem um papel importante. Além da produção de colágeno, possui ação antioxidante e fortalece o sistema imunológico. “É importante acrescentar aporte proteico nas dietas. Dietas muito restritivas ou veganas costumam não suprir essa quantidade”, diz o médico.

Já na parte estrutural, a perda de peso e de gordura faz com que o rosto fique mais flácido. Para diminuir esse aspecto, o médico afirma que o ideal é fazer estimulação de colágeno com tratamentos que utilizam aparelhos de radiofrequência e ultrassom microfocado. O profissional também indica repor um pouco de volume com ácido hialurônico em pontos específicos.

“O mais adequado é que seja feita essa associação de tratamentos com acompanhamento médico durante o processo de emagrecimento. No primeiro sinal de uma flacidez facial por consequência da perda de peso muito rápido, é preciso repor colágeno com tecnologias e injetáveis, além de muita água e exercícios físicos”, orienta. 

Para o corpo, o médico enfatiza a importância das atividades físicas e deve ser incluída a musculação, principalmente por causa da perda muscular, da massa magra muscular. “Aparelhos de campos eletromagnéticos, como o CMSlim, ajudam, trabalhando o interno da coxa, interno dos braços, abdômen para fortalecer o core e a musculatura, evitando dor nas costas e no assoalho pélvico”, afirma.

Ozempic causa queda de cabelo?

A queda de cabelo não foi relatada como efeito colateral do Ozempic nos ensaios clínicos da medicação. Em relação a outro medicamento com o mesmo princípio ativo, o Wegovy, os testes apresentaram essa queda como um efeito colateral raro, atingindo 3% dos pacientes.

De acordo com o dermatologista Bruno Lages, da clínica Otávio Macedo & Associados, embora os estudos indiquem que o Ozempic não cause diretamente essa condição de perda acentuada de cabelos, outros fatores podem influenciar.

“O que sabemos até então é que, isolada, a medicação raramente provoca esse problema. Mas quando associada a outras questões a grandes níveis de estresse, como uma cirurgia bariátrica, essa proporção tende a ser muito maior”, diz Bruno.

Sabe-se que a perda de peso acelerada é um processo estressante para o organismo. Com dieta restritiva e medicamentos de suporte, o corpo tem à disposição menos calorias do que o usual. Por isso, embora os testes indiquem que a semaglutina não afeta diretamente o cabelo, o processo como um todo pode levar à queda dos fios.

“Existe uma condição chamada eflúvio telógeno em que os folículos capilares ‘adormecem’ diante de uma situação muito estressante. No geral, a queda de cabelo pode levar meses até ser percebida e o crescimento retoma ao normal quando o estresse é regulado”, afirma o dermatologista.

Bruno ainda ressalta que a automedicação é um dos grandes problemas na busca pelo emagrecimento. “Remédios, de forma geral, são aliados se usados da forma correta. E isso só pode ser definido a partir da avaliação e acompanhamento médico. Usar qualquer medicamento sem indicação médica gera grandes riscos para a saúde”, finaliza.

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