Participando ativamente das redes sociais, jogando e consumindo uma ampla variedade de conteúdos digitais, crianças e adolescentes estão começando a ficar atentos aos riscos que envolvem a internet. De acordo com dados divulgados pela Pesquisa Anual Global de Segurança Online da Microsoft em 2023, 87% dos jovens estão discutindo com seus familiares sobre os perigos online.
No entanto, alguns pais ainda não participam desse diálogo ativamente, e o acesso sem restrições e consciência também traz uma série de desafios, que vão desde o cyberbullying e ataques hackers até a exposição a conteúdos inapropriados.
“Ao fornecer-lhes as habilidades e os conhecimentos necessários para proteger sua privacidade, identificar riscos e comportar-se de maneira ética, estamos ajudando a construir uma geração de usuários digitais conscientes”, avalia o especialista em tecnologia e educação para jovens, Henrique Nóbrega, diretor fundador da Ctrl+Play.
Para ele, “ensinar crianças e adolescentes sobre segurança online é importante para capacitá-los a navegar de forma responsável e prudente na internet”. Nesse contexto, o especialista trouxe orientações para os pais ajudarem seus filhos a navegarem seguros na web. Confira:
Conscientizar sobre os riscos
É preciso começar a educação sobre segurança com uma conversa aberta sobre os vários perigos que eles podem enfrentar na internet. Essa conscientização é o ponto de partida para que os jovens entendam essas ameaças e saibam identificá-las para agir e se protegerem durante a navegação.
Falar de privacidade
Preservar a privacidade é essencial para uma navegação prudente. Isso envolve instruí-los sobre como ajustar adequadamente as configurações de privacidade nas redes sociais e evitar divulgar dados pessoais sensíveis.
Além disso, é importante evitar divulgação de fotos para desconhecidos e identificar tentativas de phishing, entre outras fraudes. Explicar as consequências, como a utilização indevida dessas informações, facilita entender os motivos do cuidado.
Gerenciar senhas e segurança de contas
Os adolescentes e as crianças precisam receber orientação e acompanhamento na hora de criar senhas robustas e exclusivas para suas contas online. Isso implica também em adotar a autenticação em duas etapas e ensinar sobre como identificar e denunciar atividades suspeitas.
Segundo o especialista Henrique Nóbrega, não existe uma idade “certa” para deixar as crianças terem contas nos sites e plataformas que desejam, mas o ideal é que um responsável tenha acesso e controle. A melhor solução não é proibir, e sim monitorar.
Ter um diálogo aberto e contínuo
Por último, é crucial manter uma comunicação franca e regular com os jovens sobre segurança na internet. Vale criar um espaço de acolhimento, se mostrar disponível para oferecer orientação e incentivá-los a compartilhar com os responsáveis suas experiências, dúvidas e preocupações.
“Pais, educadores e outros adultos de confiança desempenham um papel vital ao fornecer orientação e suporte aos jovens durante sua jornada no mundo digital, que tem muitos lados positivos a oferecer”, finaliza o diretor da Ctrl+Play.