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Amamentação: veja o que fazer para evitar fissuras nos mamilos
As fissuras nos mamilos dificultam a amamentação - Foto: Shutterstock

Saúde

Amamentação: veja o que fazer para evitar fissuras nos mamilos

Especialista explica as causas, prevenção e tratamento das fissuras e rachaduras no bico dos seios durante a amamentação

O mês de agosto é conhecido como Agosto Dourado por simbolizar a luta pelo incentivo à amamentação. O processo é muito importante para o desenvolvimento do bebê, contudo, muitas mulheres sentem dificuldades para amamentar.

Segundo um estudo realizado por pesquisadoras da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), traumas mamilares, como escoriações, fissuras e vermelhidão, estão entre as principais dificuldades enfrentadas por puérperas nos três primeiros dias após o parto.

Recentemente, a ex-BBB Viih Tube expôs o problema em seu perfil no Instagram. A influenciadora, que deu à luz a sua primeira filha, Lua, contou que durante os três primeiros meses de aleitamento materno, suas feridas não fecharam por nada. 

“Comemoro cada dia, porque pra mim não foi algo fácil. Cada gota de leite que tirei suada, cada respiro fundo na primeira sugada dela com a fissura no peito e os 15 segundos de dor, cada extração com a bomba todos os dias, cada dia que quis desistir de dor ou de cansaço com a sonda que é trabalhosa, que uso por não produzir a quantidade suficiente”, disse na publicação. 

De acordo com Ana Carolina Ferreira, consultora de amamentação e especialista em ordenha de leite materno, as fissuras podem ser consideradas normais nas primeiras duas semanas do bebê até o primeiro mês. Isso porque este é um período de adaptação tanto para a mãe quanto para a criança. Porém, caso o problema persista, é necessário buscar orientação médica. 

Causa do problema

As fissuras ou rachaduras nos mamilos geralmente são consequências da posição “inadequada” do bebê em relação à mama e/ou de técnica incorreta de sucção. No entanto, segundo a especialista, existem alguns cuidados que ajudam a evitar o agravamento das lesões. 

“É importante avaliar se não existe algo no bebê que impeça uma mamada efetiva, com a pega correta do peito e sem nenhum impeditivo, como freio de língua e até mesmo torcicolo. A mãe também precisa se atentar à sua produção e posição durante a amamentação”, pontua ela.

O que fazer se as fissuras não melhoram?

Conforme a profissional, é preciso prestar atenção ao problema quando as fissuras e dores não melhoram a partir da 2ª semana de amamentação. “É preciso identificar, tratar e corrigir o que está causando este sintoma. Aí é que entra o trabalho de uma consultora de amamentação. Ela vai ajudar na identificação do problema e, se preciso, orientar a um tratamento com uma equipe multidisciplinar, que pode envolver fonoaudiólogos, pediatras, osteopatas e outros profissionais”, explica.

Para amenizar as dores durante o aleitamento, a mulher pode recorrer a tratamentos com pomadas, laser, conchas de prata, entre outros. Porém, é preciso lembrar que eles vão tratar aquele sintoma em específico. “Caso a mãe trate apenas o sintoma da fissura, nesse caso, de nada vai adiantar. Isso porque, quando o peito se recuperar e o bebê voltar a mamar, vai acontecer tudo de novo. Por isso, a importância de tratar a causa do problema”, finaliza Ana Carolina.

Fonte: Saúde em Dia

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