Os fãs de Anitta foram surpreendidos com a mais nova tatuagem da cantora. O local um tanto inusitado, o ânus, divertiu os internautas por sua peculiaridade. Além do choque pela região ser polêmica, o procedimento na área sensível pode gerar complicações.
A tatuagem nada mais é do que múltiplas microperfurações na pele com a aplicação de uma tinta. Segundo a dermatologista Dra. Adriana de Jesus Pires Pinto, as hipóteses de infecção bacteriana são maiores quando a técnica é feita numa região íntima, podendo trazer riscos à saúde.
"São áreas mais quentes e úmidas, e existem contaminantes nas fezes. Dessa forma, as chances de infecção são maiores", explica a doutora.
Ao realizar um procedimento como esse, é necessário fazer uma higiene rigorosa e frequente, já que a área tatuada precisa ficar seca e limpa para cicatrizar adequadamente. O que é bem complicado, já que a região escolhida pela poderosa é um local quente e abafado.
Além disso, após a técnica, aumentam as chances de apresentar a Síndrome de Fournier, uma grave infecção bacteriana rara, que acomete as partes íntimas podendo se estender até o abdome, virilha e parte das coxas.
"Como o local é extremamente sensível e o ambiente é propício às bactérias e fungos, quando contaminado, a cicatrização se torna mais complicada", explica Dra. Camilla Pinheiro, que destaca que durante o tratamento, a pessoa pode ficar internada na Unidade de Terapia Intensiva.
Outros tipos de infecções bacterianas podem aparecer também. As mais prováveis costumam ser causadas principalmente pelas bactérias mais comuns da pele, Staphylococcus e a Streptococcus, ou das fezes, as enterobactérias, afirma a dermatologista.
Outro ponto problemático no procedimento da famosa é que a arte foi realizada em sua mansão. O habitual seria ter feito a tatuagem em estúdio de tatuagem, regulamentado pelas autoridades sanitárias e seguindo os protocolos de higiene e assepsia.
Consultoria: Dra. Adriana de Jesus Pires Pinto, dermatologista e Dra. Camilla Pinheiro, ginecologista.