Para quem tem diabetes, o consumo de frutas é bastante indicado para substituir os doces, que são os inimigos dos índices de glicemia por conterem altas quantidades de açúcar, o que provoca um acúmulo de glicose no sangue. No entanto, é importante saber que as frutas, embora em menor proporção, também apresentam açúcares em sua composição. Por isso, sua inclusão no cardápio, assim como outros alimentos, precisa ser feita de forma controlada.
O açúcar da fruta
Chamado de frutose, o açúcar presente nas frutas tem a importante função de fornecer energia e calorias para o corpo. Uma vez no organismo, a frutose é convertida em glicose para ser absorvida, em um processo igual ao que ocorre com a sacarose (açúcar da cana ou da beterraba) e a lactose (açúcar do leite). O problema é que, no caso do diabetes, a deficiência na produção de insulina impede que a glicose seja aproveitada por completo, levando ao seu acúmulo na corrente sanguínea. Portanto, as frutas não estão totalmente liberadas e os especialistas recomendam, em média, duas porções diárias para quem é diabético.
Nos legumes também tem!
Além das frutas, a frutose ainda pode ser encontrada em leguminosas (ervilha, lentilha e feijão), em alguns legumes (repolho, cebola e alho) e no mel. Porém, o maior risco está no uso abusivo em produtos industrializados, uma vez que seu potencial adoçante é cada dia mais empregado em refrigerantes, pães, biscoitos, cereais e sorvetes. Existem produtos em que a frutose adotada não é derivada das frutas, mas sim do xarope de milho — para se informar melhor, procure consultar sempre o rótulo, que deve obrigatoriamente listar os ingredientes em ordem decrescente, de acordo com a quantidade.
Dados da ciência
Um estudo publicado no periódico inglês, British Medical Journal, acompanhou 187 mil pessoas ao longo de 24 anos, visando constatar impactos positivos ou negativos do consumo de frutas para o diabetes tipo 2. No caso do mirtilo, a substituição do suco pela fruta sólida, três vezes por semana, diminui em até 33% as chances de se desenvolver diabetes. Em uvas, a redução é de 19%, enquanto para maçãs e peras a queda é de 13%.
Texto: Marcelo Ricciardi/Colaborador
Consultoria: Andréia Gomes, nutricionista
LEIA TAMBÉM
- Goji Berry ajuda a controlar a glicemia!
- Sabia que a doença também pode afetar os animais?
- Os sinais de que seu filho pode ter a doença