O coração de um adulto pesa entre 250 e 300g, representando menos de 1% do peso total do corpo. Apesar da leveza e do pequeno tamanho, o órgão faz parte de um sistema complexo: está ligado a veias e artérias que se espalham pelo corpo inteiro. Em repouso, bate de 60 a 90 vezes por minuto para fazer com que o sangue chegue a todos os órgãos e leve oxigênio e nutrientes a todas as células. Se há algum obstáculo no caminho, como placas de gordura, o sistema passa a não funcionar corretamente: a artéria tende a entupir, o coração faz mais força e pode ocorrer o infarto. Por isso, é necessário manter uma rotina saudável com prática de exercício regular e alimentação equilibrada. Dentro da nutrição, há substâncias que ajudam no bom funcionamento do sistema cardíaco, como flavonoides, vitamina B e fibras que estão presentes na cebola.
Trio antioxidante
A cebola é fonte de três poderosos flavonoides: alicina, quercetina e campferol. “Flavonoides são substâncias antioxidantes que diminuem a agressão dos radicais livres, responsáveis pela morte celular, podendo provocar doenças cardiovasculares e alguns cânceres”, explica o nutricionista Marcelo Barros. A alicina reduz a pressão arterial, controla o açúcar do sangue e fortalece o sistema imunológico. Aliado à quercetina e campferol, que possuem propriedades antiviral, antialérgica e atuam na saúde do coração, essas substâncias explicam o uso da cebola como remédio natural.
Força
O coração é formado por tecido muscular, por isso é necessário praticar exercícios físicos e se alimentar de nutrientes que reforcem os músculos. “O complexo vitamínico B auxilia no cuidado com a saúde cardiovascular. Especificamente a vitamina B1, que está relacionada à manutenção da musculatura do coração e da força muscular”, esclarece Marcelo. As demais vitaminas do complexo não estão diretamente ligadas ao coração, mas à redução da homocisteína, um aminoácido que em grande quantidade no organismo prejudica o revestimento interno das artérias, oferecendo mais riscos de doenças cardíacas.
Cozida ou crua?
“O aquecimento diminui a ação de alguns oxidantes, porém estimula outros igualmente importantes. Por isso, o ideal é revezar no consumo. Ora cebola crua, ora refogada, ora assada”, sugere o nutricionista.
Tchau, colesterol!
A antocianina é um pigmento que faz parte do grupo dos flavonoides e está presente principalmente em alimentos de cor preta, vermelha ou azulada. Muito encontrada na cebola roxa, essa substância tem o poder de regular os níveis de colesterol ruim no sangue. “Isso porque ela diminui a ação de oxidação do LDL (colesterol ruim), deixando-o menos prejudicial à saúde”, explica Marcelo.
Fibras poderosas
Você já deve saber que as fibras são encontradas em abundâncias em vegetais e são importantes no processo de digestão, facilitando o trânsito intestinal. Mas elas têm outro papel importantíssimo. “Por ser rica em fibras, a cebola diminui a absorção de gordura e de açúcar que se acumula nos vasos sanguíneos”, finaliza Marcelo. Desse modo, ajuda no combate ao entupimento de veias e artérias, controlando a pressão arterial.
Texto: Bruna Giorgi
Consultoria: Marcelo Barros, nutricionista
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