O problema é bem comum, principalmente, nos primeiros anos de vida. O refluxo nos bebês é popularmente conhecido como “golfada”, que acontece quando há saída de leite pela boca logo após as mamadas. O ato pode ser considerado normal no início, mas deve ser investigado no momento em que a frequência das golfadas aumentar. Caso o quadro se agrave, a criança pode sofrer com desnutrição, problemas respiratórios e, claro, dores no estômago.
Principais sintomas
É hora de desconfiar quando as crianças começam a apresentar os seguintes sinais:
- Golfadas e vômitos frequentes
- Perda de peso
- Dificuldade para engordar
- Irritabilidade
- Choro excessivo
- Sono em demasia
- Rouquidão
Tratamento
Basicamente, para combater o refluxo, os pais são orientados a tomar algumas atitudes. São elas:
- Tocar as mamas com o queixo do bebê (deixando o nariz livre) para ele conseguir respirar melhor
- Fazer com que a criança consiga mamar da forma correta e não apenas sugando o mamilo
- Para o bebê arrotar, após as mamadas, coloque-o “de pé” por, pelo menos, 30 minutos antes de deitá-lo
- Não balançar o bebê após ele ter mamado
- Evitar vestir a criança com roupas apertadas, especialmente na cintura
- Deitar o bebê de cabeça para cima e elevar a cabeceira do berço a 30º para evitar o refluxo
E a cura?
Tomando todos os cuidados necessários, é possível encontrar a cura para o problema. Isso porque a maioria dos bebês costuma sofrer com refluxos devido à imaturidade da válvula que impede que o alimento volte ao esôfago. O desenvolvimento desse “anel” acontece no decorrer tempo. Na maior parte das vezes, o refluxo costuma diminuir a partir dos seis meses de idade, quando a criança tem alimentos sólidos incluídos na alimentação.
Na gravidez
Um dos sintomas mais clássicos na gravidez — além dos enjoos — é o refluxo. Isso acontece porque há um aumento na produção do hormônio progesterona, envolvido no ciclo menstrual e na gravidez. “A grande quantidade desse hormônio deixa a digestão mais lenta e relaxa o esfíncter esofagiano inferior (uma espécie de anel muscular), permitindo o refluxo e causando a azia”, explica a gastroenterologista Sílvia Furtado Anderson. Além disso, o refluxo é causado pelo crescimento do bebê, pois ele começa a empurrar o estômago para cima.
Tratamento: evite bebidas gasosas, alimentos ácidos e cítricos e fracione a dieta, optando por refeições mais leves e saudáveis. Outra dica é não ingerir líquidos durante as refeições.
Outros problemas
Além do refluxo, as grávidas também podem sofrer com prisão de ventre. Isso porque, para possibilitar a gravidez, a placenta produz progesterona, o que provoca alterações no corpo da mulher. Um dos efeitos desse hormônio é o relaxamento muscular das paredes do tubo digestivo, dificultando o movimento peristáltico. Ou seja, o intestino fica mais preguiçoso, causando a conhecida prisão de ventre.
Tratamento: consuma alimentos ricos em fibras (aveia e arroz integral, por exemplo) e beba bastante água — em média, 2 litros por dia. Outra sugestão é apostar em frutas que regulam o intestino, como mamão, ameixa e maçã com casca.
Texto: Redação Alto Astral
Consultoria: Sílvia Furtado Anderson, gastroenterologista
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