Em poucas palavras, o foco da Doutrina Espírita é explicar por que, afinal, existimos como humanos, e a origem e a destinação de nossa alma após a morte. Em meio aos pontos que prega, a reencarnação está entre os principais. “O espírito que errou não é condenado a penas eternas, nem vai viver, após a sua desencarnação em lugares circunscritos, do tipo céu, inferno ou purgatório”, explica a vice-presidente da Federação Espírita Brasileira (FEB), Marta Antunes Moura, “então, se praticou o mal – intencionalmente ou não – retorna à reencarnação, quantas vezes forem necessárias, para reajustar-se perante a justiça e misericórdia de Deus, que nos criou para sermos felizes”.
Esse caminho de volta é sintetizado por Allan Kardec em sua obra O Livro dos Espíritos como “Nascer, viver, morrer, tornar a nascer e progredir sempre, tal a lei”. Entenda mais sobre o conceito de reencarnação no espiritismo:
Reencarnação: a perspectiva da fé - Como destacou a fala de Marta, no Espiritismo o ciclo de vida não se encerra após a morte física. De fato, o corpo físico desaparece com a morte, mas o espírito, por sua vez, retorna ao plano espiritual temporariamente, até que um novo destino é escolhido e ele reencarna - Foto: Reprodução/Shutterstock
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O retorno à carne ocorre indefinidamente, tendo desse modo uma oportunidade para consertar erros cometidos em vidas passadas, até que se alcance um estágio de evolução, o qual permite que, enfim, esse espírito viva apenas no mundo espiritual. A quantidade de reencarnações e o tempo que elas levam para acontecer dependem de dois fatores: a condição evolutiva e as suas necessidades - Foto: Reprodução/Shutterstock
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Segundo a doutrina, quanto mais evoluído um espírito, mais tempo permanecerá no mundo espiritual, e o seu retorno à Terra se dá apenas em missões nobres como aquelas em favor da humanidade - Foto: Reprodução/Shutterstock
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É importante ressaltar também que o modo como a pessoa optou por viver na Terra interfere diretamente no “mundo” que ela vai se deparar quando acontecer a desencarnação: não há somente um caminho a seguir no plano espiritual – tudo está ligado à condição evolutiva de cada alma - Foto: Reprodução/Shutterstock
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Assim, colônias espirituais como as descritas no filme Nosso Lar (2010) recebem espíritos mais evoluídos. Já os mais atrasados seguem para regiões umbralinas, as quais circundam o plano físico. Lá, eles fazem o estágio depurador e se preparam para a reencarnação - Foto: Reprodução/Shutterstock
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Consultorias: Leonardo Martins, doutor em Psicologia Social, pesquisador na área de Psicologia Anomalística e membro do Laboratório de Psicologia Anomalística e Processos Psicossociais (Inter Psi) da Universidade de São Paulo (USP); Marta Antunes Moura, vice-presidente da Federação Espirita Brasileira (FEB).
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