Uma das sensações mais prazerosas produzidas pelo corpo humano merece uma data especial só para ela, não é mesmo? É por isso que hoje, 31 de julho, é comemorado mundialmente o Dia do Orgasmo. A ideia da celebração surgiu há 21 anos, criada por uma rede de sex shops britânica, com a intenção de levantar debates sobre o assunto, além de promover a venda de produtos eróticos.
Apesar de ser uma reação totalmente natural, muito pouco se fala sobre o tema, e quando acontece, é principalmente voltado ao orgasmo masculino. Por causa disso, muitas mulheres passam anos ou, até mesmo, a vida toda sem atingir o clímax na hora do sexo. Então, para celebrar essa data, nada melhor do que aprender um pouco mais sobre o seu corpo, mesmo que sozinha ou com outra pessoa.
A desigualdade até nos momentos de prazer
Um dos motivos de não se falar tanto sobre o orgasmo feminino é porque ele acontece com muito menos frequência do que o masculino. Um estudo publicado na revista científica “Archives of Sexual Behavior“, realizado por universidades dos Estados Unidos em 2018, mostrou que, mulheres heterossexuais, por exemplo, são as que menos atingem o orgasmo, alçando o prazer em apenas 65% das relações.
Enquanto isso, a diferença para homens heterossexuais é gritante, já que eles chegam ao clímax em 95% das relações sexuais. A principal razão para essa discrepância é o fato que, enquanto eles são estimulados a se masturbarem, elas são sempre desmotivadas. Isso impede que as mulheres conheçam o seu próprio corpo e saibam como alcançar altos níveis de prazer, já que isso acontece de maneiras diferentes para os dois sexos.
Por exemplo, no livro “Vem Transar Comigo“, a autora Tatí Presser diz que os homens precisam de 2 a 5 minutos para atingir o orgasmo, enquanto as mulheres podem levar de 14 a 20 minutos. Por conta do tempo maior para ejaculação, muitas vezes elas nem se quer chegam lá.
Além de fatores biológicos, a estrutura social em que vivemos também contribui para que esse assunto tenha sido um grande tabu por muitos anos. Durante muitas gerações, meninas foram ensinadas desde pequenas que o papel que elas deveriam exercer eram de mães e boas esposas. Isso acabou por deixar o fator do prazer durante as relações sexuais de lado, transformando-o em um privilégio masculino.
Conheça seu próprio corpo
Muita vezes, não atingimos o orgasmo porque nem sabemos como chegar até ele. Afinal, não existe apenas uma maneira de se fazer isso e, sim, várias! Por isso, é fundamental se conhecer, já que o que funciona para sua amiga, nem sempre pode funcionar para você.
Uma das formas mais fáceis de conseguir ejacular é por meio da masturbação ou sexo solo. Nessas horas, lubrificantes, brinquedos sexuais e até sua própria mão vão ser seus maiores aliados. Separe um momento no seu dia em que você esteja sozinha e relaxada, crie um clima – pode ser com música ou com filmes – e se toque. Dessa forma, até mesmo suas futuras relações com outros parceiros vão se tornar melhores, podendo conduzir para a obtenção do prazer.
Curiosidades sobre o orgasmo
1. É mais fácil atingir o orgasmo nos primeiros quinze dias do ciclo menstrual
Isso acontece porque, nesse período, os níveis de testosterona estão mais altos, o que aumenta a libido. Consequentemente, é comum que a mulher faça mais sexo durante esses dias, e o tesão também influencia na probabilidade de se atingir o orgasmo.
2. Camisinha não afeta o orgasmo
Além de ser um item indispensável para se evitar doenças durante as relações sexuais, a camisinha não impede ninguém de chegar até o orgasmo. Ela, ainda, ajuda na lubrificação e retarda a ejaculação masculina, permitindo que o casal tenha mais chances de gozar juntos.
3. O orgasmo pode retardar e aliviar dores
Devido ao relaxamento físico total do corpo, o orgasmo é capaz de aliviar dores de cabeça, menstruais, reumáticas, reduzir o estresse e, até mesmo, melhorar o sono e a pele.
4. O ejaculação da mulher NÃO é lenda
Por conta da liberação de uma quantidade de líquido, durante um orgasmo muito intenso, algumas mulheres acham que estão urinando durante o ato. No entanto, isso nada mais é do que uma ejaculação. Apesar de não ser algo tão comum, isso acontece por conta do estimulo de áreas como o famoso ponto G.
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