O corpo feminino é uma caixinha de surpresas em muitos âmbitos. As secreções vaginais, normalmente, já colocam um ponto de interrogação na cabeça de qualquer mulher, mas quando se está esperando um bebê, além de dúvidas, o desconhecimento causa medo de que algo aconteça com a criança. Conheça mais sobre o corrimento na gravidez e fique atenta aos sinais do seu corpo!
Secreções vaginais
Todas as mulheres tem as chamadas “secreções vaginais”. É ela que indica que está ocorrendo certas mudanças no corpo, como no período fértil ou nas preliminares do sexo, quando há uma maior lubrificação da vagina para facilitar a penetração. Essas secreções são transparentes ou esbranquiçadas, não têm cheiro e não ardem, nem coçam. Sua textura ser fluída ou como clara de ovos, dependendo da ocasião.
Na gestação, há um aumento dessas secreções, já que o hormônio estrogênio está agindo. Assim, é um sinal benigno do corpo, e até mesmo saudável indicando maior fluxo de sangue na região. Ao fim da gravidez, é normal ocorrer secreções com coloração avermelhada ou marrons, por causa da presença de sangue no fluido, e isso indicia que o momento do parto está próximo e o corpo está se modificando para esse momento.
Corrimento
O corrimento tem outro aspecto, diferente da secreção, mas não é de fato uma doença. Ele tem coloração, possui um cheiro forte que incomoda e causa desconfortos, como cosseira e ardência. Esse tipo de fluido é um alerta que seu corpo está passando por alguma infecção vaginal ou pode, até mesmo, indicar uma doença sexualmente transmissível. Esse corrimento pode surgir em qualquer momento da vida da mulher e um médico deve ser consultado. No entanto, na gestante, o aparecimento do corrimento pode ser prejudicial tanto para a mãe quanto para o bebê.
“Os corrimentos de caráter infecciosos, se não forem devidamente tratados durante a gravidez, podem prejudicar tanto a mãe quanto o feto, considerando um aumento na chance de trabalho de parto prematuro. Além do alerta para DSTs, há corrimentos provenientes de processos alérgicos ou manifestação de algum desequilíbrio no organismo. Portanto, evitar automedicação e procurar um médico é fundamental”, explica o ginecologista Renato de Oliveira.
Como prevenir corrimento na gravidez?
Alguns hábitos simples no dia a dia podem fazer a diferença no período de gestação. São algumas indicações: não usar roupa apertada na região pélvica; preferir o uso de calcinhas de algodão, já que o material ajuda na ventilação da área e diminui as chances de proliferação de fungos e bactérias; não utilizar absorvente diário e nem fazer duchas na região vaginais; tomar cuidado na lavagem das roupas íntimas também é fundamental; e, acima de tudo, manter alimentação equilibrada e atividade física, com autorização do obstetra, é importante para qualquer gravidez!
“O acompanhamento durante o pré-natal também é essencial. No surgimento de qualquer secreção ou sintoma inesperado, procure seu obstetra a fim de evitar consequências indesejáveis para a gestante e para o bebê”, finaliza o ginecologista.
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Texto e edição: Camila Ramos
Consultoria: Dr. Renato de Oliveira, ginecologista responsável pela área Reprodução Humana da Criogênesis.