Com a pandemia da Covid-19 e o isolamento social, muitas pessoas passaram a ficar mais tempo em casa com os seus cachorros ou até adotaram um novo pet. Mas você sabia que, os casos de ansiedade em cães estão aumentando por conta do retorno de várias atividades presenciais?
Pois é! Esses bichinhos podem acabar sofrendo da chamada ansiedade pela separação.
A professora do curso de Medicina Veterinária da Estácio Géssica Araújo alerta: “Horas de brincadeiras, atenção e atividades feitas sempre em conjunto logo foram positivamente associadas pelos cães, que se adaptaram a essa nova realidade. Entretanto, com o retorno às atividades presenciais, muitos animais têm apresentado angústia e/ou ansiedade pela separação, um distúrbio comportamental relacionado ao sofrimento dos cães com a distância dos tutores”.
Assim, é muito importante que os tutores consigam perceber se seus pets estão passando por esse tipo de problema e saibam o que fazer nesses casos!
Como identificar a síndrome pós-pandemia?
Existem vários sintomas que podem indicar que o seu cachorro está sofrendo de ansiedade pela separação. Segundo Géssica, latir ou chorar mais do que o comum ou perder o interesse em seus brinquedos favoritos, por exemplo, são possíveis sinais do problema. Outros comportamentos para ficar de olho são o excesso de lambidas nas patas e as mordidas ou arranhões em móveis, portas e paredes.
Além disso, a síndrome pós-pandemia de ansiedade em cães também pode levar a sintomas ainda mais preocupantes. “Muitos animais deixam de comer e podem até desenvolver outras doenças. Em várias situações os casos ficam tão sérios que os cães podem causar ferimentos em si mesmos”, explica a profissional.
Todos esses sintomas são mais comuns em bichinhos que tenham sido adotados durante a pandemia, já que nesses casos os pets não conhecem ainda uma realidade na qual não tenham uma convivência contínua com seus tutores.
O que pode ser feito para ajudar o pet?
Para ajudar o seu cachorro a se acostumar com a nova rotina, é importante não dar atenção demais para os seus momentos de saída ou chegada. Grandes despedidas ou animação em excesso no retorno podem acabar apenas deixando o bichinho ainda mais ansioso e, por isso, devem ser evitadas.
Fazer o animal gastar energia física também é uma boa dica. Passeios externos e brincadeiras que misturem exercícios, recreação e recompensas, por exemplo, são ótimas opções para aliviar a ansiedade do seu pet. Comedouros e brinquedos educativos que estimulem a energia mental do cachorro também podem ajudar.
E, é claro, consultar um profissional é sempre o mais importante quando se trata de qualquer problema com os pets. Nos casos de ansiedade, o seu médico-veterinário poderá indicar terapias adequadas para o seu cão e que serão de grande ajuda para o seu bichinho. Procurar um adestrador profissional também é uma boa ideia.
Fonte: Géssica Araújo, professora do curso de Medicina Veterinária da Estácio.