Com a rotina ficando cada vez mais corrida, nada melhor do que tirar uns dias de férias do trabalho e viajar para espairecer a mente, não é mesmo? Fazer uma excursão e recarregar as energias faz parte do bem-estar das pessoas e, seja para onde for, geralmente sempre tem um bichinho, seja cachorro ou gato, para acompanhar o dono nas aventuras.
Normalmente, os roteiros mais apreciados pelos tutores costumam ser aqueles que permitem a 'roadtrip', o clássico trajeto de carro. Mas além da saúde dos ocupantes do veículo, é importantíssimo prezar pela segurança do animal em longos passeios de estrada.
Sendo assim, para o seu melhor amigo curtir bastante a viagem com você, confira 6 dicas para aproveitar o passeio de carro com o seu pet:
1- Caixa de transporte
O primeiro passo é conduzir o animal com segurança e conforto, e a melhor forma de realizar isso é com a caixa de transporte. Segundo Fernanda Ambrosino, médica veterinária, é possível também utilizar outros acessórios específicos, como o cinto de segurança adequado para os peludos ou cadeirinhas e cestinhas.
"O pet precisa estar acostumado ao uso desses acessórios e deve-se seguir a recomendação do veterinário de acordo com o porte do animal. O cão não pode ficar solto no veículo e nem mesmo no colo, pois isso coloca a segurança de todos os ocupantes em risco”, detalha.
2- Vacinação em dia
Antes de pegar a estrada e aproveitar a viagem, o ideal é sempre checar a vacinação do pet. É fundamental que o animal tenha a imunização em dia e que a carteirinha de vacinação esteja sempre em mãos.
Para viagens longas, é aconselhável ter um atestado de saúde animal emitido por um médico veterinário, alguns locais inclusive exigem a documentação para liberar a entrada do bichano.
3- Vermifugação
Realizada antes do passeio, a vermifugação, assim como o uso de produtos ectoparasiticidas que protegem contra a ação de pulgas e carrapatos, é importantíssima para proteger a saúde do animal.
De acordo com Ambrosino, dessa forma o pet estará protegido contra a ação de parasitas, o que irá garantir o bem-estar do seu amigo durante a viagem.
4- Separar os itens essenciais do pet
Quem disse que só os humanos precisam fazer a mala? O pets entram na brincadeira também! O adequado é fazer uma mala com todos os itens essenciais do animal, como brinquedos, os potes de água e comida, a ração que ele está adaptado, toalha e shampoo caso o animal precise de banho em algum momento, caminha ou cobertor, e os outros adereços que o pet goste e fazem parte do dia a dia.
E lembre-se: a coleira com identificação com dados como, nome e telefone do responsável é outro item que não deve ser esquecido.
Segundo Ambrosino, vale ressaltar que se o animal usa alguma medicação é indicado levar uma quantidade um pouco maior do que a necessária para os dias que irão passar longe de casa. "Dessa forma, caso haja qualquer imprevisto, o animal não corre o risco de ficar sem o medicamento”, conta.
5- Refeição antes da viagem
Para que o animal tenha mais conforto durante o trajeto, o indicado é que antes de viajar o tutor forneça pouca quantidade de alimento ao bichinho, para evitar que ele vá de estômago cheio e passe mal no meio do caminho.
Além disso, segundo a veterinária Nathalia Fleming, passear e brincar bastante com o pet antes da viagem ajuda a gastar as energias e até mesmo pode fazer com que o cão durma durante uma parte do percurso.
Por outro lado, caso o cão seja sensível ao movimento do carro e sinta-se mal com frequência, o tutor poderá conversar com seu veterinário de confiança sobre algumas medicações específicas que podem ajudar com o mal-estar.
6- Viajar em horários mais frescos
O ideal é sair de casa perto do amanhecer ou anoitecer, visto que esse horário ajuda a evitar que o pet sofra com o estresse térmico, que pode acontecer principalmente quando o sol bate diretamente sobre ele.
Também vale lembrar que o animal não deve ser deixado sozinho no carro sob nenhuma condição, pois os cães não transpiram como os humanos e podem sofrer casos de hipertermia. "Caracterizada pelo aquecimento corpóreo anormal que em casos graves pode levar o animal ao óbito”, alerta Fleming.
Ademais, as paradas programadas também devem entrar no planejamento. É indicado pausas a cada duas horas para fornecer água ao pet e permitir que ele faça suas necessidades e caminhe um pouco.
7- Atenção ao chegar no destino
Caso o animal vá para um lugar com piscina é preciso que os mergulhos sejam feitos com supervisão, mesmo que ele saiba nadar. Além disso, é preciso cuidados com a pele e pelo do animal, para evitar as dermatites; e, principalmente, atenção especial às orelhas.
“O excesso de umidade pode estimular o surgimento das otites, por isso, a melhor maneira de prevenir o problema é higienizar a área das orelhas dos cães com o uso de algodão e loções especiais para a limpeza, mantendo-as sempre secas e em condições ideais de umidade”, diz Fleming.
Afinal, existe cuidados especiais com gatos?
Quem convive com os felinos sabe que eles não são grandes fãs de viagens. Por serem animais territorialistas, eles não apreciam ambientes estranhos e pessoas desconhecidas.
De acordo com Fleming, o ideal é deixar o gato sob os cuidados de um pet sitter ou contar com alguém de sua confiança que possa ir em casa trocar a água, colocar comida e limpar a caixa de areia diariamente.
Porém, caso o animal acompanhe o tutor no passeio, será necessário investir em medidas que diminuam o estresse do bichano, como usar feromônios específicos e acostumá-lo a usar a caixa de transporte com antecedência.
Para os felinos idosos, a recomendação é evitar as viagens, pois o estresse do transporte e do novo ambiente pode ser desgastante demais para os gatos e ocasionar sérios problemas de saúde.
Rota aérea
No caso das viagens de avião, é importante entrar em contato com a companhia aérea para saber quais são as exigências para o transporte do pet, visto que cada companhia tem o seu protocolo de transporte animal.
De acordo com Fleming, caso o tutor pretenda fazer uma viagem internacional com o pet, é importante verificar as exigências do país de destino e das empresas aéreas.
Fontes: Fernanda Ambrosino e Nathalia Fleming, médicas veterinárias e gerentes de produtos da Unidade de Pets da Ceva.