Se você é um usuário frequente do Twitter, então provavelmente se deparou com essa frase ao longo do início desta semana ironizando a inflação dos alimentos.
comprei um pacote de frango no mês passado por 17,90 e deixei no congelador. esse mês o mesmo pacote está 21,90
valorizou 38%
me siga para mais dicas de investimento — nery (@olucasnery) July 4, 2022
Nele, o usuário comenta que comprou um pacote de frango no mês anterior, quanto o alimento custou R$ 17,90. Como o alimento ficou guardado em seu freezer, no mês seguinte não foi necessário comprar outro. Contudo, a grande piada está justamente no aumento do preço do frango de um mês para o outro.
Segundo o relato, o pacote de frango passou a custar R$ 21,90. Para ironizar a situação, o usuário recorreu a uma frase comumente utilizada por investidores para comentar valorização de aplicações: "valorizou 38%. Me sigam para mais dicas de investimentos".
Apesar de engraçado em um primeiro momento, a inflação dos alimentos é uma das que mais vem afetando o bolso dos brasileiros. De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, calculado pelo IBGE e que é a principal referência de inflação no país, o frango subiu 21% em 12 meses.
Fora isso, alimentos básicos como o leite e produtos do hortifrúti como a batata inglesa, cenoura, tomate, abobrinha, melão e morango foram apenas alguns dos produtos que subiram de preço nos últimos meses aqui no Brasil.
Sobrevivendo à inflação
Além da escalada de preços, problemas como o aumento na taxa de juros e no preço de bens e serviços passaram a influenciar no comportamento dos brasileiros. Segundo pesquisa realizada pela Proteste, 90% dos entrevistados mudaram seus hábitos de consumo, passando a economizar naquilo que dá. Mas, em especial, essas pessoas passaram a economizar em energia, mobilidade, atividades sociais e alimentação.
No quesito alimentação, 65% dos entrevistados relataram que passaram a comprar marcas mais baratas no supermercado. Além disso, uma em cada três pessoas cortaram alimentos considerados não essenciais da lista de compras e a cada dois entrevistados, um relatou que diminui a quantidade de carnes.