Você já ouviu falar em marcadores do processo de envelhecimento biológico e molecular? De uma forma simples, eles são fatores que levam à desnaturação celular e aceleram o envelhecimento cronológico com aparecimento de manchas, rugas e flacidez. E, entre os principais, está o fator solar, uma vez que o sol pode causar envelhecimento da pele quando associado a não utilização de fotoprotetores.
De acordo com a dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia, Claudia Marçal, a exposição solar sem a questão da fotoproteção é o mais importante agressor, que leva a um dano cumulativo. “Inclusive com a formação de dímeros de pirimidina, com mudanças nas bases do DNA que provocam reações de mutação celular, com consequente fotoenvelhecimento precoce, inflamação e cancerização’, explica.
Antes da vermelhidão
Conforme explica a profissional, esses danos acontecem antes mesmo da pele ficar vermelha. “Na fase pré-eritematosa, ou seja, antes da vermelhidão, nós temos danos significativos e que vão alterar de uma maneira praticamente irreversível o DNA dessas células. E esse efeito cumulativo, esse dano irreversível, vai sendo cada vez mais potencializado pelas múltiplas exposições ao sol, onde a pele não está devidamente protegida”, conta.
Além de o fato de que o sol pode causar envelhecimento da pele, existe outro risco da exposição solar contínua: perder a defesa imunológica feita pelas células de Langerhans. “Quando isso acontece, nós aumentamos a chance de cancerização da nossa pele. Ou seja, o campo de cancerização se torna muito maior e a predisposição aumenta a cada nova exposição”, afirma Claudia.
Consultoria Claudia Marçal, dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia
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