Estima-se que 325 milhões de pessoas em todo o mundo convivam com hepatites virais crônicas dos tipos B e C, segundo dados recém-divulgados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Consideradas um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, as hepatites virais são doenças silenciosas, que podem demorar anos para provocar complicações de saúde, mas que, se não tratadas rapidamente, podem trazer consequências graves, como o câncer. Para conscientizar a população mundial sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce, a OMS instituiu a data de 28 de julho como o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais. Saiba a prevenção contra hepatite é essencial!
O que é a doença?
A hepatite é uma inflamação do fígado, órgão vital do corpo humano, geralmente causada por vírus, mas que também pode ser provocada pelo abuso de álcool e outras substâncias, além de outros problemas de saúde. Embora nem sempre esteja presente, um dos sinais mais aparentes da destruição das células hepáticas é a icterícia, gerando uma coloração amarelada da pele. Os tipos mais comuns de hepatites virais são as A, B e C, sendo que a última é a mais grave: cerca de 75% das mortes por hepatite no Brasil estão associadas à infecção por este vírus, segundo o Boletim Epidemiológico Hepatites Virais de 2016.
É necessário atenção
“O maior desafio em relação ao combate às hepatites virais, principalmente nos casos crônicos causados pelos vírus B e C, é que o infectado pode passar anos sem apresentar qualquer sintoma e, por isso, não recebe o devido acompanhamento médico. Segundo a OMS, só uma em cada 100 pessoas com a doença está recebendo tratamento. Diante disso, ganham ainda mais importância os programas de saúde pública, como a campanha Julho Amarelo, do Ministério da Saúde, na divulgação dos cuidados preventivos para evitar essas doenças”, explica a pneumologista Tereza Veloso.
Como evitar
A transmissão da hepatite A se dá por meio de água e alimentos contaminados. Os vírus das hepatites B e C, por sua vez, são transmitidos através de contato com sangue ou agulhas contaminadas, além de relação sexual desprotegida ou, ainda, durante a gestação (da mãe para o bebê). “Para os tipos A e B, o Sistema Único de Saúde disponibiliza dois tipos de vacinas: uma direcionada para crianças com idades entre um e dois anos e outra para pessoas com até 49 anos. Já para o tipo C, que não possui imunização, há um teste rápido que identifica a doença e pode ser feito em qualquer posto de saúde. Quanto mais precocemente se iniciar o tratamento da doença, maiores as chances de cura sem sequelas”, completa a especialista.
Texto: Redação Alto Astral | Consultoria: Tereza Veloso, diretora de Relacionamento com Prestadores de Saúde e Odonto da SulAmérica
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