As primeiras doenças do bebê são de deixar qualquer mãe de cabelo em pé. O sofrimento do pequeno, aliado ao medo de que o medicamento prejudique aquele organismo tão frágil e em formação, são apenas algumas das preocupações que surgem nesse momento tão difícil.
Nessa hora, é comum os pais ficarem em dúvida entre adotar os remédios tradicionais (alopatia) ou investirem em um tratamento alternativo (homeopatia). Antes de dar a palavra final, vale a pena conhecer as vantagens e desvantagens de cada um deles.
Tratamento tradicional
Para a maior parte dos médicos, a alopatia é o tratamento mais seguro. Em linhas gerais, ela combate a doença agindo diretamente contra o seu agente causador. Como benefício, o tempo de tratamento é menos demorado. “A resposta do organismo é mais rápida com a alopatia e a administração das doses é dada em um intervalo de tempo maior”, explica a pediatra Carla Reis Lucas, do Rio de Janeiro (RJ). “Por todos esses motivos, ela possui ampla utilização terapêutica”, completa. “A automedicação também é perigosa, já que um tratamento só deve ser feito a partir do diagnóstico dado por um médico”, alerta a pediatra.
Outro problemão é a administração das doses aos bebês, já que os remédios alopáticos costumam ter formatos, cheiros e sabores desagradáveis. Para driblar o problema, uma dica é mandar preparar o medicamento nas farmácias de manipulação. “O remédio pode ser feito na forma de gotas ou xarope, e o farmacêutico pode escolher aquelas substâncias que dão à fórmula sabor e odor mais agradáveis e atrativos”, explica a farmacêutica Maria Cristina Ferreira Silva, da farmácia de manipulação Quintessência, do Rio de Janeiro (RJ).
Mais gostoso, menos agressivo
Ao contrário da alopatia, a homeopatia não tenta bloquear as reações dos agentes causadores das doenças, mas, sim, estimula o corpo do bebê a se fortalecer para combater as enfermidades. Dessa forma, o organismo desenvolve mecanismos de defesa que destroem os agentes naturalmente. O tratamento, porém, costuma ser um pouco mais demorado. “A homeopatia pode ser usada em bebês de até 1 ano com segurança. Como o organismo dos pequenos é ‘limpo’ de qualquer tipo de medicação, a melhora é visível”, assegura Isabela Braga, médica homeopata. Nos casos de doenças mais graves, como bronquite ou alergias, as crises da criança diminuem gradativamente sem que ela precise tomar remédios fortes ao longo dos anos. “A proposta da homeopatia é tratar do organismo como um todo e não só fazer os sintomas desaparecerem”, complementa a farmacêutica Maria Cristina.
Ainda resta dúvida?
As mamães mais indecisas também podem ficar tranquilas: é possível, sim, aliar as duas técnicas. Para isso, é importante que o médico (seja alopata ou homeopata) conheça as medicações que o paciente está fazendo uso em conjunto. “Não podemos nos esquecer de que o objetivo final é a melhora do bebê e quanto mais recursos tivermos para isso, melhor!”, finaliza Isabela Braga.
Matéria publicada na revista Guia do Bebê Fisher-Price, da Editora Alto Astral.
Revisão: Mariana Kohlrausch
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