O produto feito a partir do trigo é fonte de uma substância conhecida como glúten que, em alguns casos, pode ser prejudicial à saúde. Que tal conferir abaixo um tira-dúvidas sobre o assunto?
Afinal, o que é o glúten?
Ele é a proteína do trigo, que se divide em duas porções: gliadina (que está relacionada à doença celíaca) e a glutenina. Os alimentos que contêm glúten são todos aqueles que podem ser feitos com trigo, cevada, malte, aveia ou centeio, como bolachas, bolos, biscoitos, pães, torradas, cervejas e qualquer massa que leve farinha de trigo.
Tornou-se comum ouvir falar sobre a doença celíaca. O que é esse problema?
É uma doença autoimune que atinge o intestino delgado, causando inflamação crônica. “Acontece uma reação intestinal quando entra em contato com uma proteína presente no glúten”, esclarece a endocrinologista Lúcia Flávia Carpilovsky. Ela pode se manifestar de forma grave, moderada ou leve, sendo que os sintomas principais são diarreia clara e fétida, dor abdominal e inchaço. Além disso, também podem haver períodos de obstipação intestinal e cansaço.
Como a doença celíaca é detectada?
O diagnóstico desse quadro é determinado pelos sintomas clínicos, pelos achados de biópsias intestinais e pelos achados sorológicos (anticorpos encontrados no sangue).
A doença celíaca tem alguma relação com a gravidez?
Não existe relação entre a gestação e doença celíaca, e ela não pode ser transmitida para o bebê. Vale lembrar que, em relação a amamentação, também não existe influência, ou seja, esse processo não previne ou transmite a doença celíaca.
Por que as dietas sem glúten ajudam a emagrecer?
Os alimentos que possuem glúten estão presentes, principalmente, em pratos mais calóricos, como bolos, pães e pizza. A retirada do glúten na dieta emagrece, pois a pessoa passa a consumir refeições menos calóricas. Como consequência, é possível notar a perda de peso.
Há sequelas para aqueles que demoram para ter o diagnóstico dessa doença?
Sim. De acordo com a evolução da doença, pode haver atraso no crescimento em crianças, alterações crônicas intestinais irreversíveis, que podem levar à incompetência na absorção de vitaminas e ferro e, com isso, anemia crônica e outras doenças carenciais.
Consultoria Andréia Manetti Previero, nutricionista; Lúcia Flávia Carpilovsky, endocrinologista
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