Uma crise de estresse é o sinal de que o nível tolerado pelo organismo já passou da conta. É uma forma de ele dizer que algo não está nada bem. O corpo e o cérebro ficam sob um número excessivo de estímulos, sejam eles sensoriais ou mentais, que levam o funcionamento psíquico e, muitas vezes, até fisiológico, à exaustão. Apesar de nem todas as pessoas reagirem da mesma maneira, alguns sintomas são comuns. Confira:
Cérebro a mil por hora
O nível de atividades cerebrais é elevado devido à descarga de hormônios. Além disso, o aumento do fluxo sanguíneo pode gerar dor de cabeça.
Coração acelerado
Sentir que o coração vai “sair pela boca” é comum nas crises de estresse, sendo muitas vezes confundido com um infarto — o que pode assustar bastante. Porém, a taquicardia é uma resposta do coração ao metabolismo acelerado. O sintoma também é muito comum em crises de ansiedade e pânico.
Pressão lá em cima
O sangue percorre todo o corpo e é fundamental para o bom funcionamento dos órgãos. Porém, a pressão arterial deve ser mantida sob controle, o que não acontece durante a crise. “O sistema nervoso simpático é ativado, fazendo com que a pressão sanguínea aumente devido à elevação dos batimentos cardíacos no qual os músculos tencionam”, explica Wallace Liima, terapeuta quântico.
Tensão muscular
Mais uma vez, os hormônios são os “culpados”. A mensagem que o cérebro recebe de perigo iminente faz os músculos ficarem rígidos, como se o corpo estivesse se preparando para um ataque. Em crises muito fortes ou frequentes, a rigidez é tanta que pode provocar dores musculares, principalmente nos ombros e pescoço, que costumam ficar mais tensos.
Suando frio
“A adrenalina é o hormônio que afeta a quantidade de açúcar no sangue, a gordura das células adiposas, e é o responsável pelas reações fisiológicas da pessoa como a sudorese, quando as mãos e os pés ficão gelados”, explica a psiquiatra Ana Maria Rossi. Assim, transpirar em excesso pode ocorrer mesmo em dias frios. A transpiração pode ser generalizada ou concentrada em algumas partes, como mãos e axilas.
Descarga de hormônios
Por mais que o indivíduo não perceba, diversos hormônios são disparados no organismo, contribuindo para várias alterações orgânicas. “Substâncias como o cortisol, conhecido como o hormônio do estresse, e a adrenalina inundam o corpo criando as condições para lutar ou fugir”, afirma Wallace.
“Quando o cortisol é liberado regularmente, durante um período de estresse muito prolongado, ele acaba afetando todo o organismo da pessoa, como a circulação, a respiração, os batimentos cardíacos e até o sistema imunológico”, complementa a psiquiatra Ana Maria Rossi.
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Consultorias: Ana Maria Rossi, presidente da International Stress Management Association (ISMA-BR), copresidente da divisão de saúde ocupacional da Associação Mundial de Psiquiatria (WPA) e diretora da clínica de Stress e Biofeedback (www.anamrossi.com.br); Priscila Camile Barioni Salgado, coordenadora do curso de psicologia da Faculdade Anhanguera, de Campinas (SP) – unidade Taquaral; Valéria Lopes da Silva, professora do curso de psicologia da Anhanguera de Anápolis (GO); Wallace Liima, professor de pós-graduação em saúde quântica, escritor e terapeuta quântico.
Texto e entrevistas: Natália Negretti – Edição: Augusto Biason/Colaborador