Muitas vezes fazemos coisas que não são do nosso comportamento usual e, geralmente, isso ocorre sob os efeitos de alguma emoção alterada. E, apenas depois do acesso passar é que nos damos conta de que estávamos fora do nosso juízo perfeito. O problema é que nesse meio tempo o estrago já pode ter sido feito – daí a importância de conhecer os próprios limites das emoções.
As emoções são expressões de fatores socioambientais que influenciam positivamente ou negativamente em nosso dia a dia. “O estado psicológico se manifesta e podemos fazer ‘leituras’, observações e interpretações do comportamento pelas expressões emocionais”, resume a professora de psicologia Berta Sheila.
Tendo isso em vista, faz-se importante compreender quais tipos de acontecimentos ativam o gatilho para determinadas emoções responsáveis por sensações desagradáveis, como sinais de ansiedade.
Se souber utilizar as emoções a seu favor, elas podem funcionar como um guia para você perceber o que está certo e errado na sua vida e, assim, começar a mudar os hábitos. É a mesma lógica de quando se fica mal-humorado devido à fome. O que você faz para melhorar os ânimos? Come.
Esse foi apenas um exemplo banal, mas o pensamento também serve para situações mais complicadas do cotidiano. Imagine um cenário em que a pessoa fica nervosa só de pensar que o fim de semana acabou e terá que trabalhar no dia seguinte. Isso pode ser um sinal de que o trabalho não a está fazendo feliz – basta parar e interpretar os sentimentos. Desse modo, a saída é procurar uma profissão que a faça ir voltar de um dia de serviço com a sensação de dever cumprido e almejando cada vez mais sucesso na carreira, seja ela qual for.
Essa filosofia pode ser aplicada em diferentes aspectos, como a relação interpessoal no ambiente de trabalho. Ou seja, se não tem afinidade por um colega de trabalho, você pode começar a refletir sobre a sua relação com essa pessoa, alterando um pouco a sua perspectiva para mudar a circunstância. “Isso produz, nos aspectos pessoal, social e profissional, um ganho de autoestima que possibilita escolhas e decisões muito mais assertivas e não embasadas em reações a determinada emoção desconhecida”, finaliza Maura de Albanesi.
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Texto e entrevistas: Giovane Rocha/Colaborador – Consultorias: Berta Sheila, professora de psicologia; Maura de Albanesi, psicoterapeuta e mestre em psicologia e religião pela PUC-SP, em São Paulo (SP)