Mesmo se tratando de um tema recorrente para quem busca cuidar da estética, muitas vezes não se sabe exatamente qual a causa do acúmulo de gordura. A lipodistrofia localizada é formada pela aglomeração de tecido adiposo em regiões específicas do corpo.
“As principais regiões afetadas são aquelas consideradas mais flácidas, como culotes, barriga, braços e região abaixo do queixo. Uma característica comum desse tipo de gordura é que, geralmente, ela é resistente e deve ser tratada com a junção de um plano alimentar, a prática de exercícios e o uso de tecnologias”, afirma a dermatologista Thais Pepe.
De forma geral, podemos afirmar que as principais causas do surgimento da lipodistrofia são: consumo excessivo de alimentos gordurosos e ricos em carboidratos brancos, histórico de lipodistrofia ou excesso de peso na família (componente hereditário), sedentarismo (falta de prática de atividade física) e má postura (o que pode fazer com que a barriga fique projetada para frente, por exemplo).
“É importante destacar que a gordura localizada também pode trazer más consequências para a saúde das pessoas. Por exemplo, o excesso de tecido adiposo na região abdominal (principalmente nos homens) está relacionado ao surgimento de doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial e infarto”, diz a médica.
Prática de exercícios
Para as pessoas que desejam perder peso e acabar com a gordura localizada, são indicados os treinos intervalados de alta intensidade, conhecidos como HIIT. “Esses exercícios são de curta duração e com alto esforço, combinando atividades aeróbicas, de força e resistência muscular”, afirma a médica.
Essas atividades também podem ser associados à definição muscular. “A principal vantagem do HIIT é que ele contribui muito para a queima de gordura, além de fazer o metabolismo ficar acelerado até horas depois que o exercício já foi encerrado”, diz.
Alimentação saudável
Uma das melhores dicas para perder gordura localizada é a reeducação alimentar, uma vez que dietas extremas não podem ser mantidas a longo prazo. No geral, as recomendações são: reduzir ou eliminar o consumo de alimentos ricos em açúcar, gorduras saturadas e carboidratos simples (pães, bolos, massas).
Ingerir grandes quantidades de alimentos com fibras, diariamente (leguminosas, grãos, farelos, farinhas integrais, vegetais, frutas). Quando for consumir gorduras, escolher as ‘boas’, como: azeite, óleo de coco, abacate, reduzir o consumo de álcool. E tomar chá verde diariamente, pois ele ajuda a acelerar o metabolismo.
Tratamentos estéticos
Para gorduras mais resistentes, os tratamentos estéticos funcionam muito bem quando associados à dieta e exercícios físicos. Dentre as melhores técnicas, a dermatologista destaca a criolipólise, a endermologia e a lipocavitação.
“A criolipólise é uma técnica que utiliza temperaturas baixas para congelar a camada gordurosa e eliminar a gordura localizada, pois o frio quebra as células de gordura. O método pode ser utilizado em regiões do corpo que se adaptem ao aparelho”, explica.
No caso da Endermologia, a médica destaca que o aparelho faz uma espécie de sucção na área tratada, o que gera o rompimento ou o remodelamento das células de gordura do local.
“Já a Lipocavitação é realizada por meio de um aparelho de ultrassom que emite ondas de baixa frequência que provocam cavidades nas células de gordura, causando seu rompimento e eliminação. O paciente deve ser criteriosamente avaliado antes de realizar esse procedimento”, finaliza a médica.
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