Além do tratamento com especialistas em saúde mental, outras técnicas menos associadas ao controle da depressão possuem potencial para aliviar os sintomas e mudar a postura, o pensamento e o comportamento dos pacientes.
Técnica oriental
Uma das opções que surgem para auxiliar quem se encontra num quadro depressivo é a acupuntura. De acordo com o acupunturista Rubenildo Coutinho, há dois mecanismos por meio dos quais essa prática pode ser útil. “Há o energético, que consiste no equilíbrio dos canais por onde a energia do corpo transcorre, e o fisiológico, que libera substâncias analgésicas, anti-inflamatórias, relaxantes musculares, além de ter uma ação moduladora sobre as emoções e distúrbios como a depressão e a ansiedade, ao estimular a produção de hormônios como a serotonina e a endorfina”, esclarece.
Coutinho relata que a técnica empregada inclui estímulos com agulhas ou laser em determinados locais da pele — os chamados pontos de acupuntura — que são escolhidos para tratar a depressão.
Força que vem do som
Ao descrever seu ramo de atuação, a musicoterapeuta Maria Isabel da Penha Sinegaglia relata que “a música — composta de três elementos (melodia, harmonia e ritmo) — tem o poder de transpor barreiras emocionais e organizar o interior do indivíduo. É indicada para prevenção e tratamento das doenças físicas, emocionais, psíquicas e comportamentais”.
Dessa forma, a musicoterapia pode agir de forma efetiva na luta contra a depressão. “Tudo porque ela trata as causas emocionais com sonoridades específicas para cada pessoa, e as causas fisiológicas são tratadas com sons que promovem o aumento da oxigenação no sangue e, por consequência, uma maior oxigenação cerebral”, finaliza a especialista.
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Consultorias: Maria Isabel da Penha Sinegaglia, musicoterapeuta no Instituto MATOBA, em Osasco (SP); Rubenildo Coutinho, acupunturista no Centro Multidisciplinar Fluminense, no Rio de Janeiro (RJ).
Texto: Victor Santos e Vitor Manfio/Colaborador – Entrevistas: Ricardo Piccinato – Edição: Augusto Biason/Colaborador