O citamegalovírus é um vírus da família do herpes simples, que pode ser prejudicial para as gestantes. Apesar de se manifestar em poucos casos, é importante tomar cuidados básicos de higiene para evitar que ele se espalhe. Entenda o vírus e veja como se prevenir:
O que é o citamegalovírus?
De acordo com o Dr. Hugo Boechat de Andrade, infectologista do Hospital Badim, o citamegalovírus está presente em várias doenças: “É um vírus da família do vírus do herpes simples, como o labial e o genital. Também é da família da catapora e do Epstein-Barr, causador da mononucleose infecciosa, também conhecida como ‘doença do beijo’”. As grávidas devem tomar um cuidado extra com esse vírus: “Na maioria das vezes ele é assintomático, não causa doença. Mas alguns pacientes podem apresentar um quadro febril semelhante à doença do beijo, com febre, ínguas e dor de garganta. Manifestações graves acontecem apenas em imunodeprimidos ou se a mulher contraí-lo durante a gestação, pois pode causar malformações fetais”.
Prevenção
O citamegalovírus está em contato com até 90% da população, o que dificulta o método de prevenção. “Ele é eliminado de forma intermitente nas secreções do corpo, como na saliva, catarro, urina, esperma e lágrima, mesmo em pessoas saudáveis. Não existe vacina, porém felizmente a infecção geralmente é banal e não deve ser fonte de preocupações, com exceção de gestantes e pessoas com problemas imunológicos como AIDS, transplantados e pacientes com câncer”, revela o especialista. A recomendação é se manter longe de lugares lotados: “Nesses casos, deve-se evitar aglomerações de pessoas e ficar atento às recomendações gerais de higiene. Lavar as mãos, não compartilhar objetos de uso pessoal e usar preservativos”.
Tratamento
Segundo o médico, o tratamento para quem está infectado são antivirais: “Existem alguns antivirais, como o gamciclovir, que são muito tóxicos, e por isso empregados em casos especiais. Na pessoa saudável não se recomenda tratamento algum”.
Locais públicos
O recomendado para que o vírus não se manifeste é a higienização dos locais públicos, como metrôs, ônibus e shoppings. “Recomenda-se medidas que garantam boa higiene do ambiente, como ventilação adequada, espaço para circulação das pessoas e locais para se lavar as mãos”, aponta o infectologista.
Consultoria: Dr. Hugo Boechat de Andrade, infectologista do Hospital Badim