Sabia que a preguiça também pode ser vista como algo positivo, do ponto de vista evolucionário? Por acaso você já presenciou na vida selvagem algum animal abandonar seu descanso sem maior necessidade? Mesmo os primatas, os seres mais próximos do homem, só fazem esforço quando estão à procura de comida ou de sexo – eventualmente, surge algum predador oferecendo risco de morte. Portanto, não é um completo absurdo considerar que a preguiça é favorecida pela biologia, por um motivo simples: economia de energia.
No caso da humanidade, o mundo moderno parece ter simplificado demais as coisas. Há muito tempo, saber caçar já foi um diferencial. Hoje, basta ir ao supermercado para encontrar uma imensa variedade de opções para a mesa – e em condições de higiene que nem se comparam. A partir daí, surgem os questionamentos: por que pernas tão compridas se há quem só ande de carro e não dispense o elevador em hipótese alguma? Para quem passa a maioria do tempo na frente de um computador, braços longos não soam como um desperdício anatômico?
O corpo humano é uma máquina minuciosamente elaborada para o movimento, integrando ao mesmo tempo músculos, tendões, articulações e ossos. Tanta capacidade, por incrível que pareça, tornou-se uma armadilha diante do sedentarismo e da obesidade – haja visto o aumento nos índices de problemas cardiovasculares, câncer, diabetes ou doenças neurodegenerativas. A solução? Exercitar-se por livre e espontânea vontade, por mais que isso pareça ir contra os instintos naturais. É como trocar, após milhões de anos, a fuga de um ameaçador tigre dentes-de-sabre por 30 minutos diários na esteira da academia.
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Texto: Marcelo Ricciardi/Colaborador – Edição: Giovane Rocha/Colaborador