A obesidade animal tem chamado a atenção de especialistas. Estima-se que 25% de toda a população de cães e gatos está acima do peso. Segundo a veterinária Isabella Vincoletto, olhar para o bicho e ficar tentado a agradá-lo com petiscos, como geralmente acontece, é o primeiro perigo.
Causas do problema
Alimentação: como o bichinho de estimação é considerado quase membro da família, passa a acompanhar as refeições habituais, o que é um erro bem comum.
Castração: costuma ser um fator favorável ao desenvolvimento da obesidade no pet por conta de mudanças hormonais.
Sedentarismo: a falta de exercícios físicos pode resultar em ganho de peso. “Por isso, a necessidade de ter uma alimentação balanceada, sempre respeitando os níveis energéticos de manutenção”, explica a veterinária Isabella Vincoletto.
Afetiva: pessoas que se sentem culpadas por não poderem dar tanta atenção quanto gostariam ao animal, costumam mimá-lo com a oferta de petiscos. Tudo que o pet quer, ao rever o dono depois de ficar em casa o dia todo, muitas vezes sozinho, é brincar ou o mínimo de atenção.
Afaste a obesidade
– Além de controlar os petiscos, observe a dosagem da alimentação. “Nos pacotes de ração, há discriminado o quanto oferecer ao pet, de acordo com a raça e o peso. Essa quantidade deve ser respeitada”, diz a veterinária.
– Não alimente seu pet logo após chegar em casa. Diminua o estresse e a ansiedade dele valorizando a brincadeira. “Caso o animal seja alimentado imediatamente após a chegada do dono, pode acontecer de ele comer muito rápido, por ansiedade, porque quer estar na presença do dono, que pensa que o bichinho está com fome e oferece mais comida”, avalia a veterinária.
– Inclua uma atividade diária na rotina do seu amigo de quatro patas, como passear pelo bairro.
– Procure ensinar as crianças de casa a não ficarem fornecendo guloseimas ao animal.
– Além disso, há no mercado veterinário produtos que auxiliam nos processos de redução e manutenção do peso em pequenos animais.
No peso certo?
Muito magro: além de terem saliências ósseas bem visíveis, apresentam rara gordura corporal e pouca massa muscular.
Magro: as costelas são visíveis e há pouca gordura corporal.
Ideal: as costelas são palpáveis e há uma leve cobertura de gordura.
Sobrepeso: a palpação das costelas é mais difícil e a gordura corporal é evidente.
Obeso: as costelas não são palpáveis, por conta de uma grossa camada de gordura subcutânea.
Consultoria: Isabella Vincoletto, veterinária da Vetnil. Site: www.vetnil.com.br