Você sabia que a pré-diabetes afeta cerca de 12% da população brasileira? Você sabia, ao menos, que existia essa condição que precede a diabetes em si? Se sua resposta foi não, pode ficar tranquila que você não é a única. O tema é pouco discutido e muitas dúvidas acabam por ficar no ar. Para entender mais sobre o assunto, conversamos com a médica responsável pelo Banco de Cordão Umbilical do Brasil Adriana Homem. Confira!
O estado de pré-diabetes se resume a uma intolerância à glicose. Nessa condição, apesar de o paciente não apresentar sintomas, os níveis de glicose em seu sangue são maiores que os normais. Porém, ainda não são altos o suficiente para o diagnóstico de Diabetes.
Para evitar que esse estado evolua, os pré-diabéticos precisam passar por uma mudança no estilo de vida e adotar hábitos mais saudáveis. Entre eles perder peso, praticar atividade física regular (no mínimo 30 minutos por dia, 5 dias por semana), controlar a pressão arterial e monitorar o colesterol são os mais importantes. Segundo a doutora, evitar o consumo de álcool e cigarros também é muito importante.
“Os riscos de ser pré-diabético também são muitos e se relacionam diretamente com cada alteração apresentada”, explica Adriana. Com o aumento do peso e, consequentemente, do colesterol e do triglicérides, por exemplo, o risco de ocorrer um infarto é muito maior. Já com o aumento da hipertensão arterial, há maiores chances de se ter um acidente vascular encefálico, um infarto agudo do miocárdio ou um aneurisma.
Vale lembrar também que pessoas com histórico da doença na família, sobrepeso e sedentarismo têm mais chances de desenvolver a pré-diabetes e, futuramente, a diabetes. Portanto, devem fazer exames de rotina e ficar atentas aos resultados anualmente.