Sendo a central que comanda todas as nossas atividades corporais, é inevitável se questionar de que forma o sistema nervoso efetivamente se relaciona com a depressão. Os estudiosos apontam certos fatores neurológicos que podem fazer com que a situação saia de controle e a depressão se instale.
O ponto inicial
A neurologista Vanessa Muller enfatiza como é importante nos voltarmos àquela microestrutura tão importante em se tratando de cérebro: os neurônios. “Estima-se que existam mais de duzentos bilhões dessas células somente em um cérebro, utilizadas para processar todas as informações, sejam elas motoras, sensitivas, cognitivas ou psíquicas”, resume a profissional.
“Portanto, para vermos, cheirarmos, sentirmos, tocarmos, andarmos, tomarmos decisão, memorizarmos, ficarmos tristes, felizes, com fome, com sede, com sono, enfim, precisamos das informações compartilhadas entre esses neurônios através de sinapse. Quando ela é química, se dá através de neurotransmissores como dopamina, serotonina, norepinefrina, acetilcolina, entre outros”, destaca Vanessa.
E é justamente um desequilíbrio bioquímico nesses neurotransmissores que pode provocar o transtorno. Afinal, como cita o neurocientista Aristides Brito, “a serotonina facilita as ligações neuronais e é ela que, por exemplo, deixa a pessoa saudável para reagir diante das situações de estresse, o que ajuda — e muito — a evitar a depressão”.
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Consultoria Vanessa Muller, neurologista; Aristides Brito, neurocientista