Imagine uma vertigem muito forte, o mundo parecendo girar rapidamente, zumbidos no ouvido e perda auditiva… Essa é a descrição clássica da labirintite, nome popular para explicar o processo inflamatório do labirinto: porção interna do ouvido que intervém na regulação do equilíbrio corporal. Frequente em todo o mundo, atinge homens e mulheres, sendo mais comum em pessoas acima dos 40 anos, mas nada impede que se desenvolva antes disso. “A vertigem postural pode ocorrer em crianças e normalmente é um prólogo de enxaquecas na idade adulta”, ressalta o otorrinolaringologista Antonio Douglas Menon.
Sintomas da labirintite
Normalmente associada à tontura, a labirintite é muito mais complexa. “Um caso clássico conta com uma tríade de sintomas: vertigem (tontura rotatória), perda auditiva e zumbido”, diz Antonio. Durante crises agudas, a pessoa também pode sentir náusea, vômito, mal-estar, sudorese, diarreia e até desmaiar. É importante ressaltar que a vertigem da labirintite é diferente do desequilíbrio, termo que serve para descrever, por exemplo, casos de indivíduos que parecem estar bêbados, com sensação de queda.
A doença é autolimitada, ou seja, melhora de forma espontânea. A duração das crises varia de acordo com o tipo apresentado e pode ser de minutos, horas ou até dias, dependendo da intensidade da fase aguda. Em geral, os 2 ou 3 primeiros dias da labirintite são os mais críticos, melhorando de forma gradual.
Prevenção
Somente algumas causas da doença podem ser prevenidas. Quem possui alterações posturais pode praticar exercícios e fazer fisioterapia para inibir os sintomas. Já para disfunções metabólicas como diabetes, quando tratadas, evitam a labirintite. O mesmo vale para hipertensão arterial ou alteração circulatória. “Sabendo a causa é possível prevenir”, orienta o otorrinolaringologista.
Consultoria Antonio Douglas Menon, otorrinolaringologista
Texto Redação Alto Astral
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