Engana-se quem pensa que o sal é o único responsável pelo surgimento da hipertensão. Pelo contrário! Existem outros fatores, tais como sedentarismo, consumo excessivo de bebidas alcoólicas e até mesmo estresse que podem ser ainda mais prejudiciais à saúde!
Estresse
Rotina corrida, estudos, problemas financeiros… Tudo isso faz com que você se sinta estressado? Esses sinais tendem a ser comuns no dia a dia, porém, se os sintomas persistirem, é importante averiguar se a pessoa está sofrendo de ansiedade. Esse distúrbio pode estar relacionado com a hipertensão. Isso porque o estresse intenso pode aumentar a pressão. Hormônios como a adrenalina, a noradrenalina e o cortisol são os principais responsáveis por esse efeito, intensificando o bombeamento sanguíneo.
Sedentarismo
Quando se leva uma vida sedentária, não só o coração, mas o organismo inteiro acaba sofrendo as consequências. O corpo fica despreparado, enfraquecido e com excesso de gordura, sendo tomado pela indisposição antes mesmo de realizar alguma atividade física. A hipertensão, por exemplo, é um dos problemas que mais contribuem para resultar em casos de infarto e se dá pela união da má alimentação e da falta de exercícios. Isso favorece o acúmulo de gordura nas artérias, que podem gerar problemas graves.
Obesidade
O sedentarismo e a alimentação desequilibrada contribuem para o desenvolvimento da obesidade. No entanto, quando a pessoa está muito acima do seu peso ideal, alguns problemas podem refletir diretamente na saúde, como complicações no coração. “A obesidade tem uma maior probabilidade, entre outros fatores mutáveis, de provocar várias doenças: acidente vascular cerebral, problemas cardíacos, hipertensão arterial, colesterol alto e diabetes, por exemplo”, salienta a cardiologista Isa Bragança. É importante destacar que o distúrbio ainda pode ser desencadeado por outros motivos, como fatores genéticos, neurológicos, psicológicos, metabólicos e até mesmo socioeconômicos.
Tabagismo
O cigarro é uma das principais causas da hipertensão no mundo inteiro. O motivo? As inúmeras substâncias químicas presentes nele podem causar lesões progressivas nos vasos sanguíneos, além de entupi-los. Com isso, a frequência cardíaca passa a ser mais acelerada e o resultado é a pressão alta. “A nicotina ocasiona o aumento de radicais livres no organismo. Esses radicais favorecem a deposição de gordura nas artérias, levando ao infarto”, complementa o cardiologista Roque Savioli. Entretanto, vale ressaltar, que ao parar de fumar, o risco de doenças diminui pouco a pouco. Então, nunca é tarde para deixar de fumar!
Excesso de álcool
O alcoolismo, muitas vezes, pode levar ao acúmulo de gordura abdominal (a famosa “barriguinha de cerveja”). E esse tipo de gordura é a mais perigosa para quem quer prevenir as complicações cardíacas. “Há alguma associação entre alcoolismo crônico e hipertensão arterial. Mas a maioria dos pesquisadores considera que essa relação está ligada a outros fatores, como tabagismo e obesidade”, esclarece o clínico geral e especialista em plantas medicinais Alex Botsaris.
Texto: Juliana Mesquita
Consultoria: Andrea Brandão, Isa Bragança e Roque Savioli, cardiologistas; Alex Botsaris, clínico geral e especialista em plantes medicinais
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