A gordura localizada pode se tornar um pesadelo para quem faz dieta. Isso porque, muitas vezes, depois de um grande esforço, os quilinhos a mais vão-se embora, mas a barriguinha continua lá, firme (ou melhor, mole) e incomodando. Ou seja, na balança, tudo ok, já no espelho… Veja algumas dicas preciosas para driblar as armadilhas que tornam a dieta ineficiente em relação à barriga.
Excesso de produtos industrializados
Ainda que prometam baixos teores de calorias, é preciso atenção especial com os alimentos industrializados. “Os produtos químicos que compõem tais alimentos, em geral, inibem a liberação de energia, mas o pior é que dificultam a absorção e a utilização dos nutrientes que ativam o metabolismo, como vanádio, magnésio, cromo, zinco, selênio e ômega 3, que fazem com que a insulina retire o açúcar do sangue e coloque para dentro das células, evitando que vire culotes e pneuzinhos de gordura”, detalha a nutricionista.
Solução: alimentação natural
Apesar da correria do dia a dia, não é tão difícil evitar os industrializados. Abasteça sua geladeira com frutas e legumes, substitua refrigerantes por água e sucos naturais e fuja de doces e salgados em conserva.
Dica: se você precisa comer fora, evite os fast-food e dê preferência aos self-service que ofereçam mais opções em saladas.
Inatividade física
Nenhuma dieta terá resultados duradouros se não for acompanhada de uma mudança de hábitos, que inclui realizar exercícios físicos regularmente. Não importa de que tipo, todos trazem benefícios reais para o organismo, inclusive na redução de gordura localizada. No entanto, é preciso moderação, especialmente para quem está começando, e a orientação de um profissional habilitado.
Solução: começar já
Nunca é tarde nem cedo demais para colocar o corpo em movimento. Faça no mínimo 30 minutos de atividade física contínua, 3 vezes por semana. Depois, aumente para 4 vezes e, se conseguir, passe para 45 minutos.
Dica: Em geral, os exercícios aeróbicos (corrida, caminhada, natação e bicicleta) são os mais indicados para quem deseja perder peso.
Consumo frequente de alimentos de difícil digestão
“Alimentos de difícil digestão causam inflamações de baixa intensidade, porém constantes, no organismo, facilitando a resistência à insulina. Dessa forma, a glicose ‘sobra no sangue’ e há um aumento da gordura abdominal. Vale lembrar, porém, que cada pessoa tem uma tolerância para cada tipo de alimento. Só um profissional especializado no assunto irá determinar qual tipo de alimento não é interessante ser consumido com frequência”, afirma Luana. Os alimentos que, em geral, são mais difíceis de digerir são: derivados de leite, carnes gordurosas, embutidos, grãos crus (amendoim, nozes). Mas não corte nada de sua dieta, o alerta é para que esse tipo de alimento não seja consumido com frequência, todos os dias.
Solução: Alimentação equilibrada
Ingerir mais frutas e verduras de fácil digestão e alimentos ricos em fibras, como os cereais integrais, já vai facilitar bastante. Desse modo, quando consumir algum alimento de difícil digestão, o prejuízo será bem menor.
Dica: Iogurte natural, sem açúcar, é um excelente probiótico para manter ou recompor a flora intestinal.
Não beber água
Uma crença bastante irreal é a de que beber água aumenta a barriga. A verdade é o contrário. “A água é o alimento mais importante para o combate aos inchaços, pois ajuda a filtrar o sangue, eliminando com mais facilidade o sódio ingerido”, declara a nutricionista Camila Cavichioli dos Santos. A água também é essencial para que as fibras alimentares funcionem. “Não se hidratar corretamente dificulta o trabalho das fibras. Sem água, elas podem ter efeito contrário, ou seja, prender o intestino”, lembra Luana.
Solução: programar-se
Para manter o organismo é preciso beber cerca de 8 copos de água por dia, o que não é difícil. No entanto, devido à correria diária, é fácil esquecer de beber líquidos, por isso, mantenha sempre uma garrafinha de água por perto.
Dica: Adquira o hábito de beber um ou dois copos de água logo após acordar e um a cada hora ao longo do dia.
Longos períodos de jejum
Há quem pense que deixar de comer ajuda a perder peso e passa horas e horas sem ingerir nada. “A restrição de alimentos e calorias faz com que o corpo fique ‘programado para estocar’, já que ele entende que não estamos comendo por falta de alimento e estocando gordura ele garante sobrevida”, explica Luana. Isso sem contar que o metabolismo fica mais lento, prejudicando a queima de calorias, e a sensação de fome é ampliada, o que abre caminho para possíveis descontroles gastronômicos.
Solução: fracionar refeições
O ideal é fazer de cinco a seis refeições equilibradas por dia, com intervalos máximos de três horas. Desse modo, você mantém a fome sob controle e o metabolismo acelerado, facilitando o processamento dos alimentos.
Dica: Caso seja necessário passar mais de três horas em algum lugar (como fazer uma prova longa ou durante uma viagem), leve um mix de oleaginosas e frutas secas e beba água – refrigerante, nunca!
Consultorias: Luana Vasconcelos e Camila Cavichioli dos Santos, nutricionistas.
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