Quanto mais cedo são incorporados, mais difícil fica abandonar certos hábitos, inclusive os bons. Pensando nisso, vale a pena investir em uma alimentação saudável desde o primeiro choro dos seus filhos. Quando são bem pequenos, ainda é possível escolher o que devem ou não comer. Depois de um tempo, essa missão fica um pouco mais complicada.
Questão de Hábito
Como nada que é imposto é bem recebido, viver de modo saudável deve fazer parte da rotina da família. Ainda mais porque, com uma certa idade, os pequenos se moldam no que enxergam nos pais. “O melhor conselho que posso dar: fuja de embalagens coloridas e alimentos prontos. Vale a pena ter um pouco de trabalho e dar o exemplo, pois não adianta mandar a criança comer um prato de salada se você não come”, diz a nutróloga e médica ortomolecular Tamara Mazaracki.
Como nenhum cardápio é realmente saudável sem alimentos integrais, não tem por que não aproveitar seus benefícios já na primeira infância. “Os alimentos integrais são muito mais saudáveis do que os similares e genéricos refinados. E é de pequeno que se educa o paladar. Fica muito mais difícil habituar um adulto ao sabor diferenciado desses produtos”, complementa.
Na hora certa
Até os 6 meses, o bebê deve se alimentar exclusivamente de leite materno, que já proporciona tudo o que é necessário para um crescimento saudável. Taciana Luciano, nutricionista da Nestlé, explica que, a partir dessa idade, alimentos como cereais, batata, mandioquinha, feijão, carnes, legumes e frutas já podem fazer parte da rotina. “Para as crianças acima de 6 meses, até completarem 23 meses, a recomendação é que o consumo de cereais, bem como o de demais alimentos que compõem o mesmo grupo alimentar como os pães e tubérculos, seja de 3 a 5 porções”, diz.
Meu primeiro cereal
Cereais matinais, geralmente atraentes para o público infantil, podem ser boas opções para esse ingresso da molecada ao mundo das fibras. Mas é preciso ter critério e escolher o produto certo. “Fique com aquele com o menor teor de açúcar. O excesso dessa substância pode levar à obesidade, além de viciar o paladar da criança com sabores muito doces que as fazem perder o interesse por pratos saudáveis e menos açucarados. Os cereais com menor teor de sódio e ricos em fibras também devem ser priorizados”, ensina a nutricionista Carolina Marques. Se a aparência ou mesmo o sabor do alimento não agradar à criança, você tem a opção de colorir a refeição com frutas secas e frescas, além do mel, o que só traz mais benefícios.
Sem restrições
Você já deve saber que, quanto mais refinado e processado é o alimento, menos nutritivo ele é. Independentemente da idade de quem os consome, os integrais continuam sendo ricos em fibras, vitaminas, minerais e substâncias antioxidantes importantes para a saúde. “Não há nenhuma restrição a ser feita para crianças em relação a qualquer produto integral. Até porque, antigamente, tudo era integral. Os alimentos refinados vieram com a modernidade”, explica Tamara Mazaracki. A única questão que deve ser observada é a quantidade diária a ser consumida, já que todo excesso traz prejuízos. As mesmas orientações e sugestões de consumo dadas ao longo da revista podem ser aplicadas aos seus filhos.
Texto: Redação Alto Astral | Consultoria: Carolina Marques, nutricionista, Taciana Luciano, nutricionista da Nestlé e Tamara Mazaracki, nutróloga e médica ortomolecular
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