Você sabia que mais de 9000 casos de câncer infantojuvenil são registrados no Brasil por ano?
A doença já representa a segunda maior causa de mortalidade entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos em todas as regiões do Brasil. Por ter altos números de incidência e maiores chance de morte, o câncer nessa idade precisa ser tratado com muita atenção.
O oncologista pediátrico Eduardo Nascimento esclarece que não há um causa específica para o surgimento da doença e, de um modo geral, ela se desenvolve por meio de uma alteração genética.
O câncer infantojuvenil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais.
Isso pode acontecer com qualquer um. “O câncer mais comum da infância é a leucemia e, dentre os tumores sólidos, temos o neuroblastoma, tumores de sistema nervoso central e linfomas”, revela Eduardo. Veja outros tipos de tumores frequentes:
- Tumor de Wilms: atinge o rim
- Retinoblastoma: atinge os olhos
- Tumor germinativo: dão origem às gônadas – produzem as células sexuais
- Osteossarcoma: atinge os ossos
- Sarcomas: atinge os tecidos moles como cartilagem e vasos sanguíneos
Como identificar
Assim como outras doenças, o câncer também apresenta sintomas que ajudam a diagnosticar. Segundo o oncologista, os indícios mais comuns são: febre, palidez, emagrecimento, dor, calor e tremor em algumas partes do corpo.
“Em especial é necessário ter atenção ao aparecimento de sangramentos, manchas roxas, alteração dos movimentos dos olhos, aparecimento do olho de gato e distúrbios motores”, alerta.
Tratamento
Os tumores, em geral, são submetidos a tratamentos cirúrgicos, radioterápicos, quimioterápicos e homonoterápicos.
Uma diferença apontada pelo oncologista entre o câncer em adultos e o infantil é o fato de que, quando se é mais velho, o histórico de doenças é maior e isso influencia na saúde toda.
“Adultos já possuem doenças concomitantes como obesidade, diabetes, cardiopatias, doenças renais, pulmonares e gastrointestinais. Isso dificulta o tratamento”, completa Eduardo.
As crianças não costumam ter um histórico longo de problemas de saúde, mas, por outro lado, não têm preparo psicológico.
O oncologista ressalta a importância do apoio familiar e do comportamento dos pais durante o tratamento da criança. São fatores que influenciam diretamente na recuperação.
Solução
O importante é prestar atenção aos sintomas que podem aparecer. Fique ligado no comportamento, na alimentação e na saúde da criança.
“O diagnóstico precoce é mais importante que qualquer coisa. É fundamental que os profissionais da pediatria sejam treinados para procurar essas doenças e diagnosticá-las precocemente”, finaliza Eduardo.
Os Carequinhas
O Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (GRAACC) promove, junto com a Maurício de Souza Produções, a campanha “Carequinhas contra o Câncer infantil” na qual os personagens favoritos das revistas em quadrinhos e desenhos animados aparecem carecas.
O objetivo é mostrar que, com ou sem a doença, todas as crianças devem curtir a vida!
Make A Wish
A Make a Wish é uma instituição que realiza os desejos de crianças portadoras de alguma doença que coloque a vida delas em risco. Toda a inspiração e força do projeto nasceram da história de Chris Greicius, um menino de 7 anos vítima de Leucemia.
Consultoria: Eduardo Nascimento, oncologista pediátrico e Instituto Nacional do Câncer (INCA) – dados de 2008
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