Os cuidados com o desenvolvimento da criatividade dos filhos não devem se limitar ao tempo em que eles estão em casa. Quando é chegada a hora de entrar na escola, é importante conhecer os aspectos do desenvolvimento infantil propostos pela instituição. A consultora educacional Daniele Alvarenga destaca alguns pontos a serem observados:
1. Proposta pedagógica: verificar os objetivos propostos em relação ao aprendizado, se há atenção ao processo criativo e, principalmente, como a escola enxerga o aluno no contexto escolar.
2. Formação dos profissionais: aptidão e atualização constante são relevantes para a reflexão sobre a educação no cenário atual.
3. Dependências da escola: salas com espaços arejados, salas de estimulação e alimentação, áreas de convivência coletivas cobertas e descobertas, parque, estado de conservação dos brinquedos e materiais a serem utilizados.
4. Materiais didáticos: além dos livros ou apostilas, verificar materiais como blocos lógicos, blocos de encaixe, recursos pedagógicos para trabalhar a matemática, jogos diversos, livros paradidáticos e biblioteca.
5. Rotina: o tempo, a duração das atividades e o período para descanso são favoráveis para estabelecer a rotina diária da criança. Isso traz uma noção de tempo e espaço, fundamentais para o processo de criatividade e autonomia.
Brincar para desenvolver a criatividade
Muitos pais se preocupam com a educação dos filhos, acreditando ser fundamental o início o quanto antes para o bom desenvolvimento dos pequenos. No entanto, pesquisas apontam que, mais importante do que decorar o alfabeto, as crianças devem brincar.
Um estudo realizado em 2015 na Universidade do Norte da Flórida, nos Estados Unidos, apontou que as crianças escolarizadas antes dos sete anos de idade enfrentaram mais dificuldades de aprendizado quando estavam no ensino fundamental do que outras que tiveram mais liberdade para brincar na educação infantil.
A ciência mostra que o cérebro das crianças na primeira infância é mais apto a realizar atividades de exploração − isto é, o brincar − do que atividades acadêmicas. Ou seja, o órgão se desenvolve melhor ao ser estimulado com ações consideradas brincadeiras.
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Texto: Natália Negretti – Edição: Giovane Rocha/Colaborador