Nesta quarta (15.02), é comemorado o Dia Internacional da Luta Contra ao Câncer Infantil, uma data estabelecida para estimular o diagnóstico precoce e divulgar informações sobre o tratamento da doença.
O assunto é delicado, já que receber o diagnóstico de que está com câncer não é nem um pouco fácil e o susto pode tornar-se ainda maior quando é um caso de câncer infantil. Apesar de a notícia ser inesperada e triste ao mesmo tempo, quanto antes a doença for descoberta, mais altas são as chances de cura.
Leia abaixo a matéria produzida pelo Portal Alto Astral, entenda mais sobre o assunto e conscientize-se você também!
Segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer), anualmente, 11 mil casos de câncer infantil são detectados no país. Apesar de agressivo, o câncer infantil tem mais chances de cura do que os outros e, se descoberto cedo, essas chances chegam a alcançar a taxa dos 80%! Por isso a importância do diagnóstico precoce, incentivado pelo Dia Internacional de Combate ao Câncer Infantil.
Mas existe um problema que atrapalha esse diagnóstico precoce: os sinais e sintomas são inespecíficos e podem ser confundidos com outras doenças comuns na infância. Então, o que fazer para garantir que o câncer seja detectado e possivelmente vencido?
Primeiro passo: olhos bem abertos para o câncer infantil
Como as crianças ainda não sabem detectar que existe algo de errado com elas, cabe aos pais ficarem atentos a qualquer sinal suspeito, ainda que os mesmos aparentem ser simples, como queixa de dor e manchas roxas sem motivo aparente, febre e indisposição excessiva.
“O que dificulta, em muitos casos, a suspeita e o diagnóstico do câncer nas crianças e nos adolescentes é o fato de sua apresentação clínica ocorrer através de sinais que são comuns a outras doenças mais frequentes, manifestando-se por sintomas gerais que não permitem a localização, como febre, vômitos, emagrecimento, sangramentos, ínguas, dor óssea e palidez”, conta Andrea Alencar, pediatra oncologista da Clínica Dr. Família.
Assim, o mais indicado é que os responsáveis pela criança procurem um médico caso percebam que os pequenos apresentam algum desses sintomas e que não ignorem as reclamações. E lembre-se: se o médico disser que é uma doença comum, mas os sintomas persistirem, é importante buscar uma segunda opinião.
Próxima etapa: o tratamento
Se a suspeita de câncer infantil for confirmada, é hora de partir para a ação: o tratamento. Ele pode envolver cirurgia, radioterapia, quimioterapia, imunoterapia e terapia alvo, utilizadas de forma isolada ou combinada, dependendo do tipo e do grau de invasão do câncer, necessitando de estrutura médico-hospitalar, integrando equipe multiprofissional.
“A terapia, geralmente, é multimodal, em que a criança ou adolescente recebe mais de um tipo desses tratamentos, podendo reagir de forma individual, apresentando ou não os efeitos colaterais de cada tipo de terapia utilizada na busca da cura no câncer”, complementa a pediatra.
LEIA TAMBÉM:
- Crianças com câncer: 5 cuidados básicos em dias quentes
- Menino de 8 anos deixa o cabelo crescer para doar a crianças com câncer
- As especificidades do câncer infantojuvenil
Texto: Larissa Mortari – Edição: Victória Linard/Colaboradoras