A compulsão alimentar é caracterizada pela alta ingestão de alimentos em um curto período de tempo. É como se a pessoa perdesse o controle diante da comida. Se não controlado, pode levar a doenças como obesidade e diabetes, que estão diretamente relacionadas aos hábitos alimentares. Que tal saber mais sobre esse problema?
1 – Quem tem compulsão tem as mesmas sensações que uma pessoa com fome?
“Não. A compulsão alimentar pode ocorrer mesmo sem a pessoa estar com fome e mesmo que tenha comido a pouco tempo”, diz a nutricionista Thaianna Velasco.
2 – Por que a pessoa tem o sentimento de culpa? Esse pode ser um indício de que não se trata só de fome?
“Porque a pessoa tem a noção de que se excedeu, mas não tem controle da situação. Não consegue parar de ingerir alimentos, mesmo sentindo culpa e muitas vezes desconforto. A compulsão é uma doença séria e a simples ‘culpa’ após alimentar-se não caracteriza nada! Para que haja realmente um indício, ela deve estar associada a outros sintomas, como a ingestão muito alta de alimentos mesmo sem fome, comer muito depressa e sem controle ou comer escondido”, esclarece.
3 – Por que quando comemos muito rápido, continuamos com fome?
“Pelo simples fato de que a maioria dos hormônios que regulam o mecanismo da saciedade são ativados na mastigação e demoram de 10 a 30 minutos após o início as refeição. O tipo de alimento também influencia, sendo que proteínas e gorduras estimulam a saciedade”, conta a especialista.
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4 – Alguns fatores externos também contribuem para o surgimento da fome, como o cheiro da comida? Ou isso é um sintoma de compulsão?
“A fome é fisiológica, ou seja, mecanismos endógenos (do próprio corpo) são responsáveis por essa sinalização. Fatores externos, como visualizar ou cheirar a comida, pode gerar a vontade de comer, mesmo que já tenha se alimentado e esteja satisfeito. As pessoas nutricionalmente, hormonalmente e psicologicamente equilibradas sabem diferenciar isso, passando tranquilamente por esses instintos sem a necessidade de comer novamente ou ficarão satisfeitos com uma pequena porção. O problema está em como você responde a esses estímulos!”, finaliza a profissional.
Texto Amanda Araújo | Consultoria Thaianna Velasco, nutricionista