Com a chegada de uma idade mais avançada, alguns fatores relacionados à saúde se tornam mais carentes de atenção, principalmente aqueles relacionados a maior fragilidade do corpo humano, como a fratura de fêmur.
De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), mais de 30% das pessoas idosas sofrem, no mínimo, uma queda no ano e, segundo o ortopedista Sérgio Costa, “um terço dos que fraturam o colo do fêmur pode falecer um ano após o ocorrido”.
O especialista ainda firma que nas mulheres, após o período da menopausa, a consequente redução na produção do hormônio estrogênio (responsável por evitar a descalcificação), aumenta as chances do desenvolvimento da osteoporose. Com esse agravante, “são comuns as fraturas em determinados ossos do corpo, entre eles, o fêmur, em sua parte superior, próxima ao quadril”, explica Costa.
Visto a gravidade que um simples descuido seguido de uma queda pode causar, saiba mais a seguir sobre a fratura de fêmur, como evitá-la e, assim, garantir uma maior bem-estar no dia a dia.
Tipos de fratura de fêmur
Precauções
Sendo as quedas as principais causadoras das fraturas de fêmur em idosos, saber os fatores de risco é importante para ficar a frente com os cuidados e evitá-las. Para isso, Sérgio Costa separa os agravadores em internos e externos.
Na primeira categoria, o profissional cita problemas como os relacionados à saúde da pessoa, dificuldades de visão, Parkinson, traumas e lesões nos joelhos, entre outros.
Já em relação aos fatores externos, ou seja, aqueles podem ser ajustados no dia a dia, o ortopedista frisa o cuidado com costumes como andar de salto alto, usar calçados com um solado mais liso, instalar corrimão em escadas e ter uma boa iluminação nos ambientes internos. Além dessas precauções, Sérgio Costa ainda indica a prática de exercícios físicos para se livrar do sedentarismo.
A volta por cima
Mesmo com as diferentes adversidades que uma fratura de fêmur pode causar, atualmente, a medicina proporciona opções cirúrgicas para superá-las. “Em caso de implantes, geralmente, são utilizadas placas, parafusos, hastes intramedulares ou próteses, sejam elas totais ou parciais”, aponta Sérgio.
Segundo o médico, há diferentes tipos de implantes, cada qual com suas particularidades. Dependendo do caso, há a substituição do osso por uma prótese de metal. Em outros quadros, existe a necessidade de “somente fixar o osso quebrado com as placas e parafusos ou mesmo hastes, mantendo-se o osso natural”.
Assim, conforme o implante escolhido no tratamento, o próximo passo é a reabilitação, sendo mais precoce para aqueles com próteses. Já para os que receberam placas e parafusos, é preciso esperar a cicatrização (cerca de dois ou três meses segundo Costa) para que o osso suporte o peso do corpo nos exercícios de recuperação.
LEIA TAMBÉM
- Pilates na terceira idade? Pode! E os idosos ganham diversos benefícios com a prática
- Depressão em idosos: é importante estar atento aos sinais
- Terceira idade e dor nas costas: quais as causas e como evitar o problema!
Texto e entrevista: Giovane Rocha
Consultoria: Sérgio Costa, ortopedista com especialização em cirurgia de joelho, artroscopia e próteses e pós-graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) em ortopedia e traumatologia.