“Ao não saber falar ‘não’, as prioridades das outras pessoas passam a ser as suas prioridades. E, a partir do momento que você abdica das próprias vontades, como esperar que os outros a levem em consideração?”. É assim que o neurologista Fábio Sawada Shiba nos convence de que uma negativa pode trazer o alívio emocional que tanto precisamos em momentos de ansiedade.
Um “não”, muitas vezes, pode parecer uma resposta difícil de ser aceita. Afinal, tudo começa lá na infância: antes de pedir algo aos pais, os argumentos sempre eram muito bem pensados para que a temível resposta não estragasse todos os planos elaborados com antecedência. E não é para menos: essa simples palavra pode determinar uma série de coisas, que podem ajudar ou atrapalhar a rotina. Mas você já parou para pensar como seria se dissesse “sim” para tudo?
São tantas “cargas”…
Aceitar todos os convites para sair, não negar a prestação de favores, trabalhar excessivamente… Tudo isso pode ser muito prejudicial e acabar acarretando em alguns problemas que poderiam ser evitados.
“Quando não se sabe dizer ‘não’, você está concordando com a maneira do outro, isto é, não dá limites e não mostra o quão aquilo pode ser negativo para você. Precisamos deixar de criar uma barreira para o ‘não’, fazendo com que ele seja respeitado de maneira conscientizada”, aconselha a psicóloga Letícia Guedes.
Ansiedade controlada
Para sentir-se menos ansioso, é preciso manter a rotina equilibrada, sabia? Quanto mais organizado for o seu dia a dia, mais tempo para o lazer você terá, e menos atividades e compromissos indesejáveis lhe pegarão de surpresa. Saiba que o equilíbrio emocional depende, muitas vezes, da capacidade de saber mediar tudo aquilo que lhe faz bem ou não.
Por exemplo, aceitar um convite para sair pode ser ótimo. Afinal, conhecer gente nova e passar um tempo divertido com as pessoas que mais se gosta é superlegal. Em contrapartida, o outro pode ter tido uma semana difícil e necessitar de um tempo só seu, seja para tomar um relaxante banho quente ou fazer a leitura de um bom livro. Pode até parecer um “tempo perdido”, mas colocar a mente no lugar dedicando um momento para si próprio é uma excelente – e necessária – ideia.
Vamos tentar?
A questão não é começar a ser uma pessoa que sempre diz “não” para passar segurança e determinação. Tudo deve ser equilibrado, a fim de que sua paz interior – que é o bem mais precioso de todos – não sofra com esse tipo de resposta. É importante experimentar! Certamente, a pessoa não reagirá mal se a sua resposta for cordial.
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Texto e entrevistas: Paula Santana – Edição: Augusto Biason/Colaborador
Consultorias: Fábio Sawada Shiba, neurologista; Letícia Guedes, psicóloga.