Mundialmente, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma a cada 160 pessoas são diagnosticadas com o autismo. Esses números são suficientes para se pensar além das pesquisas científicas para achar uma cura para o transtorno.
Mais do que procurar uma saída, é importante entender, aceitar e incluir o paciente em escolas, no mercado profissional e no convívio social em geral para que, assim, sejam cada vez menos alvo de discriminação, combatendo o estigma ainda negativo que gira em torno do distúrbio.
Os receios do autismo
Ao receberem a notícia que o filho foi diagnosticado com autismo, é comum que muitas dúvidas e receios apareçam para os pais. Somada à preocupação involuntária que vem com o nascimento de um filho, a incerteza se a criança vai sofrer com as diferenças provenientes do Transtorno do Espectro Autista (TEA) pode gerar desespero.
Mas é importante ter em mente que existem instituições dedicadas exclusivamente tanto em apoiar o autista quanto a familiares e amigos, promovendo mais compreensão e conforto. Outro suporte, previsto pela lei 8.742, é o do direito à Assistência Social, que garante o auxílio em relação ás necessidades imprescindíveis do autista.
Uma família preparada, como explica Danielle, é a principal estrutura para uma melhor qualidade de vida. “Ela precisa escolher os profissionais que mais se adequam ao seu perfil e arregaçar as mangas. Quando a família participa ativamente do processo, seja na terapia, na escola, na pracinha ou no playground do prédio, o resultado com certeza será melhor”, afirma a fonoaudióloga Danielle Damasceno.
Por lei
Se a conscientização social não é o suficiente para promover a inclusão do autista, existem meios legais que garantem esse direito. Além dos direitos previstos no decreto assinado pelo Brasil da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, há leis próprias do país que indicam as obrigações sociais para com elas.
Como é o caso da lei nº 13.146, que garante a inclusão social de indivíduos com deficiências, existem outras que visam conscientizar a sociedade; e a lei nº 7.853, que decreta a o apoio e a integração de pessoas com necessidades especiais.
Entre outros direitos legal que trazem benefícios ao autista é o concedido pela lei nº 8.899, que confere passe livre em meios de transporte coletivo interestaduais se a deficiência for comprovada.
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Texto: Giovane Rocha/Colaborador – Entrevista: Jéssica Pirazza/Colaboradora
Consultoria: Danielle Damasceno, fonoaudióloga – Fonte: Cartilha da Campanha Nacional de Conscientização do Autismo, Câmara dos Deputados; 2015