Após falar sobre os diferentes tipos de narrador em um texto narrativo, o Portal Alto Astral traz os 3 tipos de discurso possíveis nesse tipo textual:
Discurso direto
O narrador apresenta a própria personagem falando diretamente, permitindo ao autor mostrar o que acontece em lugar de simplesmente contar.
Exemplo: “Lavador de carros, Juarez de Castro, 28 anos, ficou desolado, apontando para os entulhos: ‘Alá minha frigideira, alá meu escorredor de arroz. Minha lata de pegar água era aquela. Ali meu outro tênis’.” (Jornal do Brasil, 29 de maio 1989)
Discurso indireto
O narrador interfere na fala da personagem. Ele conta aos leitores o que a personagem disse, mas conta em 3ª pessoa. As palavras da personagem não são reproduzidas, mas traduzidas na linguagem do narrador.
Exemplo: “Dario vinha apressado, o guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Foi escorregando por ela, de costas, sentou-se na calçada, ainda úmida da chuva, e descansou no chão o cachimbo. Dois ou três passantes rodearam-no, indagando se não estava se sentindo bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, mas não se ouviu resposta. Um senhor gordo, de branco, sugeriu que ele devia sofrer de ataque.” (Dalton Trevisan. Cemitério de elefantes. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1964)
Discurso indireto livre
É uma combinação dos dois anteriores, confundindo as intervenções do narrador com as dos personagens. É uma forma de narrar econômica e dinâmica, pois permite mostrar e contar os fatos a um só tempo.
Exemplo: “Enlameado até a cintura, Tiãozinho cresce de ódio. Se pudesse matar o carreiro… Deixa eu crescer!… Deixa eu ficar grande!… Hei de dar conta deste danisco… Se uma cobra picasse Os tipos textuais tratam-se de enunciados que se agrupam e se organizam de acordo com a finalidade da comunicação. São eles: textos narrativos, dissertativos, descritivos, expositivos e injuntivos. 25 Aprenda Rápido Português e Redação seu Soronho… Tem tanta cascavel nos pastos… Tanta urutu, perto de casa… se uma onça comesse o carreiro, de noite… Um onção grande, da pintada… Que raiva!… Mas os bois estão caminhando diferente. Começaram a prestar atenção, escutando a conversa de boi Brilhante.” (Guimarães Rosa. Sagarana. Rio de Janeiro, José Olympio, 1976)
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Texto: Redação Edição: Angelo Matilha Cherubini