A maioria dos filmes que conhecemos sempre trouxe a mulher em papel semelhante ao que ela representava na sociedade: donas de casa, esposas, amantes etc. Normalmente, tínhamos o mocinho como protagonista e uma mulher que aparecia de forma secundária no enredo, envolvida em um contexto que destacava o homem. Em raras exceções, elas surgiam como personagem principal refém do estereótipo feminino de fragilidade, sentimentalismo e doçura. No entanto, essa realidade tem mudado aos poucos, tudo por conta da luta feminina por mais espaço e representatividade!
Ainda surpreende
No geral, menos de 25% dos protagonistas de filmes são mulheres. É o que aponta o estudo “Preconceito de Gênero sem Fronteiras: Uma Pesquisa sobre Personagens Femininos em Filmes Populares em 11 Países”, feita pelo Geena Davis Institute on Gender in Media, a Organização das Nações Unidas (ONU) Mulheres e a Fundação Rockefeller, em setembro de 2014.
Bônus de sucesso
O Emmy de 2015 – que premia as melhores séries de televisão, assim como atores e atrizes e outros profissionais desse universo – ficou marcado pelo discurso de Viola Davis, a primeira mulher negra a receber o prêmio de Melhor Atriz de Drama, pela série How To Get Away With Muder. Nos 67 anos de história do evento, apenas mulheres brancas foram premiadas nas categorias de comédia e minissérie. Tamanha a importância desse acontecimento, Viola aproveitou e caprichou em sua fala. Ela citou o nome de algumas atrizes negras e agradeceu a essas mulheres por ajudarem a redefinir o que significa ser bonito, ser sexy, ser uma mulher protagonista, ser negra.
Tentativas
Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) em Jogos Vorazes, Tris (Shailene Woodley) em Divergente, Lucy (Scarlett Johansson) no filme homônimo e Leigh Anne Tuohy (Sandra Bullock) em Um Sonho Possível são alguns exemplos recentes de uma pequena mudança na representação das mulheres no cinema. São personagens menos estereotipados e, aparentemente, distintos ao que estamos acostumados. Mesmo assim, o caminho a percorrer rumo à igualdade de gêneros dentro da indústria cinematográfica – em especial em Hollywood, um universo bastante masculino – ainda é longo.
Texto: Carolina Firmino. Edição: Jessica Mobílio
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