Já ouviu de falar em percepção relacionada a figura-fundo? Tem a ver com ilusão de ótica. Essa habilidade visual nos permite detectar, diferenciar e selecionar estímulos visuais dentro de um entorno determinado. Assim, conseguimos distinguir um objeto em meio a outro ou vários no campo visual, segundo uma teoria entre os diversos ramos da psicologia denominada de Gestalt.
Rostos próximos ou um vaso?
A figura acima é uma variação do original vaso de Rubin. O psicólogo dinamarquês divulgou várias imagens em 1915, envolvendo figuras de duas dimensões, que poderiam ter percepções bi-estáveis ou multiestáveis. Aqui, no centro da imagem, dá para enxergar um vaso ou cálice. Mas também é possível notar dois rostos em perfil, se encarando.
Essa percepção visual envolve o reconhecimento de padrões cognitivos: o cérebro órgão tende a classificar imagens que são rodeadas, criando profundidades. Por exemplo, quando você vê uma maçã no chão, tende a prestar mais atenção na fruta, não no piso. Nesta figura, a tendência é enxergar primeiro o vaso preto, já que está cercado pela cor branca. Mas, direcionando o olhar, as formas ao redor do vaso acabam criando os limites para os dois rostos em perfil.
Outras imagens que mudam!
Você pode ver quarto mulheres deitadas, com o oceano e barcos ao fundo. Ou um senhor de perfil usando um chapéu.
Duas crianças estão sentadas em um trenó. A perspectiva fica tenebrosa ao desvendar um crânio na imagem.
Aqui, gostas de água estão caindo. Ou seriam bolhas de ar subindo?
E uma útilma nessa seleção de imagens: seria um senhor, vendo de perfil? Ou então um cowboy, olhando para o horizonte?
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TEXTO e EDIÇÃO: Ricardo Piccinato