Concordância é a forma pela qual as palavras se adéquam umas as outras. Para que essa adequação aconteça há alterações nas terminações das palavras. Existem dois tipos de concordância: a verbal – na qual o verbo altera as suas desinências de número e pessoa para se ajustar ao sujeito – e a nominal – quando os nomes alteram as suas desinências para se ajustarem em número e gênero ao substantivo ou pronome ao qual se referem.
Concordância verbal
A regra básica da concordância verbal é que o verbo e o sujeito devem concordar em número e pessoa. Exemplo: As moças – cantavam – lindamente. (3ª p. Plural) (3ª p. Plural)
No entanto, existem casos particulares:
a) Quando o sujeito é pronome de tratamento o verbo deve sempre ficar na terceira pessoa, e concordar em número com o pronome. Exemplos: Vossas Majestades desejam cavalgar? / Vossa Alteza deseja encontrar-se com os jovens imediatamente.
b) Quando o sujeito é um coletivo o verbo acompanha o número do substantivo. Exemplo: A colmeia está debaixo da escada./ As revoadas de verão trazem paz ao coração de quem as assiste.
• Quando o coletivo vier especificado por um adjunto plural o verbo pode concordar com o coletivo ou com o adjunto. Exemplo: Uma multidão de consumidores atrasados invadiu / invadiram o shopping na véspera do Natal.
c) Quando o sujeito é o pronome relativo “que” o verbo concorda com o antecedente do pronome relativo. Exemplo: Fui eu que reclamei do barulho.
d) Quando o sujeito é o pronome relativo “quem” o verbo deve ficar na terceira pessoa do singular. Exemplo: Fui eu quem reclamou do barulho.
• Mas como costumamos utilizar o pronome “que” da mesma forma que o pronome “quem” é comum vermos a concordância com o antecedente. Exemplo: Fomos nós quem arrumamos a casa.
e) Quando o sujeito é “mais de um” ou “mais de dois” o verbo deve estar no mesmo número que o numeral expresso. Exemplo: Mais de uma loja está fechada. Mais de duas lojas estão fechadas.
• Quando há reciprocidade, o verbo ficará no plural. Exemplo: Mais de um jogador ofenderam-se.
f) Quando o sujeito é formado pelas expressões “alguns de nós” ou “poucos de nós” a concordância pode ser feita com o primeiro ou com o segundo pronome. Exemplos: Alguns de nós somos/são capazes. / Poucos de nós gostaram/ gostamos do filme.
g) Quando o sujeito for uma oração subordinada o verbo da oração principal ficará na terceira pessoa do singular. Exemplo: Perguntou-se, quem poderia fazer isso?
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Texto: Redação Alto Astral/Edição: Érika Alfaro